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PolíticaRuanda

Proximidade entre UE e o Ruanda abordada pelos EUA

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25 de novembro de 2021

O Ruanda, sob a Presidência de Paul Kagame, não responde aos critérios de uma democracia liberal, entende Samantha Power, responsável da USAID, a Agência dos EUA para o desenvolvimento internacional.

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Österreich EU-Afrika-Forum in Wien
Presidente da Comissão Europeia (esq.), Jean-Claude Juncker, Presidente do Ruanda (centro), Paul Kagame, e o ex-chanceler da Áustria, Sebastian Kurz Foto: Getty Images/AFP/J. Klamar

Falando à imprensa em Bruxelas, na última sexta-feira (19.11), Samanta Power disse, de acordo com a Devex, uma plataforma de media para o desenvolvimento global: "Não acho que haja um ambiente no terreno que permita críticas, ou que haja o desenvolvimento de um partido pluralista ou os critérios existentes em qualquer livro didático para uma democracia liberal”.

Neste contexto, a responsável norte-americana da USAID, a Agência dos EUA para o desenvolvimento internacional, questionava as relações próximas entre a União Europeia e o Ruanda. O Devex lembra que "altos funcionários da União Europeia têm viajado com regularidade para o Ruanda para consultas ao Presidente Paul Kagame, preocupados com a influência chinesa em África". 

Samanta Power an der Central American University in San Salvador
Samanta Power, responsável da USAIDFoto: Jose Cabezas/REUTERS

No seu recente périplo por alguns países africanos, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, mencionou a vontade do seu país em combater o "retrocesso da democracia".

Embora Blinken não se tenha referido a nenhum país em particular, lembrou que "líderes ignoram limites de mandatos, manipulando ou adiando eleições, explorando as queixas sociais para ganhar e manter o poder, prendendo figuras da oposição, reprimindo a imprensa e permitindo que os serviços de segurança imponham restrições à pandemia [da Covid-19] com brutalidade."

O regime ruandês é frequentemente acusado de perseguir os seus dissidententes, inclusivamente fora. Em Moçambique, por exemplo, os frequentes assassinatos de ruandeses críticos a Kigali são atribuídos ao Presidente Paul Kagame. 

Jovens influenciadores digitais no Ruanda também são silenciados através de prisões por discordarem do regime. 

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