Pinto da Costa quer continuar na presidência
5 de julho de 2016"Enquanto existir pobreza e miséria haverá permanentemente discórdia entre nós e nunca teremos paz e tranquilidade suficientes, para em conjunto construirmos esse belo país", disse Manuel Pinto da Costa no domingo (03.07).
Para o comício de abertura da sua campanha eleitoral, o candidato escolheu a vila de Trindade, capital do distrito de Mé Zóchi, o segundo mais importante do arquipélago e onde tem residência oficial como chefe de Estado. Um festival que contou com a participação de cantores são-tomenses e angolanos.
Pinto da Costa agradeceu a presença das centenas de apoiantes, que, segundo explicou, lhe dão "força e ânimo para continuar a lutar para a melhoria de condições de vida" no país. Pediu ainda o voto de confiança dos eleitores para que possa mudar São Tomé e Príncipe.
Outra vez candidato
Manuel Pinto da Costa formou-se em economia na antiga Alemanha Oriental. Governou São Tomé e Príncipe durante 15 anos, entre 1975 e 1991, no então regime de partido único. Após ter deixado a presidência, recandidatou-se em 1996 e em 2001 foi derrotado pelo ex-Presidente Miguel Trovoada.
Não desistiu e em 2011 conseguiu chegar novamente ao Palácio do Povo. Agora, concorre à sua própria sucessão nas presidenciais do próximo dia 17.
O candidato aponta a instabilidade como sendo um dos maiores entraves ao desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. Por isso, pede um voto de confiança aos seus apoiantes para mudar o rumo do país: "A partir do dia 17, vamos, em conjunto, fazer deste país um cantinho na terra onde dê gosto viver. E quero contar convosco".
Cinco na corrida
Além de Manuel Pinto da Costa, na corrida à presidência são-tomense estão outros quatros candidatos. A antiga primeira-ministra Maria das Neves, atual vice-presidente da Assembleia Nacional, concorre com apoio do seu partido, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), o maior partido da oposição.
Outro dos candidatos presidenciais é Evaristo de Carvalho, da Ação Democrática Independente (ADI), partido no poder em São Tomé e Príncipe. Na corrida estão também Manuel do Rosário, de 57 anos, professor de Biologia, e o economista Hélder Barros, que reside fora do país.
São chamados às urnas no próximo 17 de julho cerca de 111 mil eleitores.