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Petróleo em São Tomé e Príncipe - à espera dos resultados do leilão

13 de abril de 2011

“Salvaguardar os interesses do país” foi um dos argumentos apresentados pelas autoridades são-tomenses para explicar o atraso no anúncio dos resultados do leilão de blocos petrolíferos na Zona Económica Exclusiva.

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Com a exploração do petróleo, São Tomé e Príncipe espera deixar de depender das fontes económicas tradicionaisFoto: AP

Esses resultados deverão ser conhecidos nos próximos dias, apurou a Deutsche Welle junto do Ministério dos Recursos Naturais. Inicialmente o governo tinha prometido apresentar as conclusões até Março.

A Deutsche Welle sabe que a primeira fase dos trabalhos técnicos feitos pela Agência Nacional do Petróleo ficou concluída em meados de fevereiro e o relatório foi remetido ao Ministério dos Recursos Naturais. O titular da pasta, Carlos Vila Nova, em declarações à Deutsche Welle justificou o atraso na divulgação dos resultados com a necessidade de obter informações complementares junto das empresas concorrentes.

Ländliche Entwicklung in Inselstaat Sao Tome und Principe
Durante muitos anos a economia de São Tomé dependeu da cultura do cacauFoto: DW

O governo precisou de mais informação

«No que toca ao Ministério, nós analisámos e concluímos juntamente com a Agência que havia necessidade de recolher informação complementar junto das quatro empresas que passaram para a fase seguinte, sobre as propostas que nos fizeram. Fomos contactando sempre através da Agência essas empresas e a disponibilidade delas não era a mesma. Não podiam estar cá todas ao mesmo tempo, e nem isso convinha. Já conseguimos obter essas informações, trabalhámos com essas empresas em São Tomé. A última delas esteve cá há cerca de dez dias. Temos nesse momento o dossier compilado e encaminhado para o Conselho de Ministros».

O engenheiro Carlos Vila Nova, não quis avançar se as quatro empresas concorrentes têm condições para ir em frente em função das propostas apresentadas. «Só posso dizer que temos propostas. Cabe-nos olhar para os nossos interesses. Sobretudo por causa desses aspectos é que nós precisávamos de complementar o dossier consultando diretamente essas empresas para ver se os pontos que consideramos fracos poderiam ser fortalecidos. Nesses dossiers há vários critérios: técnicos, financeiros e há uma componente que para nós é muito importante, que deve ser olhada, a social. E foi particularmente nesta componente que trabalhámos com essas empresas. Com os elementos reunidos dirigimos o dossier ao Conselho de Ministros».

Sao Tome Schule
As crianças de São Tomé têm esperança num futuro melhorFoto: picture-alliance / dpa

A decisão vai ser tomada em Conselho de Ministros

Resta esperar pelo próximo Conselho de Ministros que deverá tomar uma decisão sobre o dossier. O governo deverá reunir-se entre esta e a próxima semana.

«Depois do assunto analisado e decidido no Conselho de Ministros, assim que sair o comunicado, os trabalhos no terreno serão praticamente feitos de imediato. É um assunto melindroso, cuidadoso, temos que precaver os nossos interesses. Por isso é que as coisas não podem ser feita às vezes com a pressa desejada».

Estão na corrida os consórcios AFEX Global, a OG Engineering S.A, a Oranto Petroleum e a Overt Energy. De referir que a Equator Exploration e a ERHC já tinham exercido antes do lançamento do leilão o seu direito de preferência.

O leilão decorreu entre Março e Novembro de 2010. A abertura dos envelopes foi feita num ato público em Dezembro passado.

Autor: Juvenal Rodrigues (S.Tomé) / Carlos Martins

Revisão: António Rocha

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