Patrice Trovoada debate dívida são-tomense nos EUA
11 de março de 2017O primeiro-ministro são-tomense viajou este sábado (11.03) para os Estados Unidos, onde vai ser recebido na segunda-feira (13.03) pelo Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI) para discutir o problema da dívida pública e novos financiamentos para as infraestruturas. "Essencialmente com o Banco Mundial e com o Fundo Monetário Internacional nós iremos discutir esses aspetos", disse Patrice Trovoada aos jornalistas no aeroporto de São Tomé, momentos antes de viajar.
Em setembro do ano passado, o FMI alertou, num relatório, para o "alto risco de sobre-endividamento" do país e a necessidade de o Executivo "limitar as subvenções a fundo perdido" e financiamento "altamente concecional".
"O FMI, que tem um programa connosco, quererá saber da evolução macroeconómica, como é que estamos a prever o futuro da evolução macroeconómica, nomeadamente no que diz respeito à questão da dívida", explicou o chefe do Executivo são-tomense.
Novos investimentos?
Recentemente, numa conferência de imprensa, Patrice Trovoada defendeu que o aumento da dívida pública era uma questão incontornável para o seu país que "precisa de financiamento para aplicar em projetos de desenvolvimento".
"Estamos numa fase relativamente adiantada para finalizar alguns financiamentos, nomeadamente nas infraestruturas, o Banco Mundial tem sido o nosso parceiro e tem manifestado grande interesse em participar nesse financiamento, particularmente a nível de energia e outros setores também que são de interesse" para aquela instituição, disse Patrice Trovoada.
Na semana passada, durante a assinatura de vários contratos de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI) no Ministério dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, o Governo são-tomense anunciou que o Banco Mundial está a participar com 16 milhões de dólares num projeto de requalificação do setor energético.
Patrice Trovoada viajou sozinho para Washington para negociar o problema da dívida e novos financiamentos para o país. Antes de partir, sublinhou que vai encontrar-se também com elementos do setor privado norte-americano "no sentido de ver como é que pode participar a nível dos investimentos privados" do arquipélago.