Resenha da imprensa alemã sobre África
26 de outubro de 2012Diferentes temas africanos foram abordados pela imprensa alemã nesta semana. Começamos por uma matéria do Rheinische Post, que, na Quinta-feira (25/10), destacou que 20 mil moçambicanos, contratados por empresas da antiga Alemanha Oriental, ainda esperam receber salários atrasados.
Os trabalhadores foram empregados em fábricas, no setor de mineração e outros empreendimentos estatais. A matéria com o título "Africanos exigem salários da RDA", de autoria de Philipp Hedemann, destaca que os trabalhadores migravam para a Alemanha dividida a fim de juntar Marcos orientais e voltar para Moçambique com a possibilidade de construir uma vida melhor.
A reportagem ressalta que, desde 1990, moçambicanos se encontram todas as Quartas-feiras, às 11 horas da manhã, para exigir o pagamento da dívida. O Governo alemão provou que o antigo governo da Alemanha Oriental transferiu 74,5 milhões de dólares em salários e mais 16,6 milhões de dólares em contribuições sociais para o Governo moçambicano. Era cerca de 5 mil dólares para cada trabalhador. O grupo não recebeu os recursos.
Desafio na política externa
Matéria do Sueddeutsche Zeitung destaca a explosão da fábrica de armas sudanesa e a suspeita de que o incidente teria sido provocado pela força aérea israelita. A matéria com o título "Cena de uma guerra sombria" retoma que o Sudão é considerado um "Estado terrorista" por autoridades de Israel. O Frankfurter Allgemeine Zeitung salienta que Israel se calou diante das acusações sudanesas.
O mesmo Frankfurter Allgemeine Zeitung também provoca debate sobre o apoio da Bundeswehr, as forças armadas alemãs, a uma eventual intervenção militar européia no Mali.
O periódico lembra que, a onze meses das eleições parlamentares, o governo parece querer colocar em prova o seu conceito de "política coerente com os Estados frágeis". Enquanto parte do governo prepara a retirada das tropas do Afeganistão, a Chanceler Angela Merkel anuncia sua disposição por uma nova intervenção.
Afrobeat
Na rubrica de Cultura, o jornal suíço Neue Zürcher Zeitung, destaca o trabalho do mestre instrumentista Toni Allen, de 71 anos, que dissemina a batida Afro pelo mundo. O trabalho de Allen está sendo registrado em um novo CD.
A matéria de Jonathan Fischer, intitulada o "O giro infinito global", publicada nesta Sexta-feira (26/10), levanta o pioneirismo do músico nigeriano, e defende que, graças ao percussionista, o Afrobeat é tocado hoje em todo o mundo.
Autor: Marcio Pessôa
Edição:António Rocha