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Guiné-Bissau: Partido de Nuno Nabiam reunido em congresso

Lusa | cm
25 de junho de 2022

A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), liderada pelo primeiro-ministro reúne-se hoje e domingo para a realização do II congresso do partido com a coesão interna a dominar os debates.

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Nuno Gomes Nabiam
Foto: Braima Darame/DW

"Como sabem a APU é um partido recém-criado e durante este nosso percurso houve situações, depois das eleições de 2019, que levaram o partido a uma certa contradição entre militantes e dirigentes e vamos agora dentro de casa organizarmo-nos, reforçar a nossa coesão interna e espero que tudo corra bem", afirmou Nuno Gomes Nabiam, na sexta-feira (24.06).

Questionado sobre se espera ser reeleito para a liderança do partido, o dirigente afirmou que há mais dois candidatos -  Agostinho Sanhá e Mamadjam Mamadú Darame - e que os militantes e dirigentes vão escolher quem "reúne condições para dirigir o partido nos próximos quatro anos".

Sobre se o partido já vai discutir no congresso a preparação para as próximas legislativas antecipadas, marcadas para 18 de dezembro, Nuno Gomes Nabiam disse que o partido já tem estado a trabalhar.

Guinea-Bissau | Nuno Gomes Nabiam
Eleições legislativas de 2019 (Arquivo)Foto: DW/B. Darame

"Portanto, cada um dos partidos da Guiné-Bissau está a preparar-se para estas eleições e a APU não está de fora e vamos debater também esse desafio no nosso congresso", disse.

O segundo congresso, dedicado ao tema "Congresso para fortalecimento da coesão interna e afirmação política da APU-PDGB", vai reunir 1.351 delegados em Gardete, nos arredores de Bissau, para analisar os últimos quatro anos de vida do partido e as estratégias para as legislativas, as segundas em que participa aquela formação partidária.

Após as eleições legislativas de 2019, as primeiras em que o partido participou, a APU-PDGB fez um acordo de coligação com o PAIGC, com a União para a Mudança e com o Partido da Nova Democracia, que acabou por abandonar para se juntar a uma nova coligação com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e o Partido de Renovação Social (PRS).

A decisão da direção do partido não foi, contudo, respeitada pela maioria dos cinco deputados eleitos, que permaneceram fiéis à coligação com o PAIGC.

Em abril, o conselho nacional do partido decidiu suspender cinco dos vice-presidentes e quatro dos cinco deputados que elegeu nas últimas legislativas.

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