Debate do programa do Governo da Guiné-Bissau
15 de outubro de 2019No início da sessão da Assembleia Nacionl Popular (ANP) esta terça-feira (15.10.), apenas estavam presentes os deputados do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), União para a Mudança e Partido da Nova Democracia, num total de 53 deputados.
Depois de o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, ter confirmado um quórum de 53 deputados, um vez que a ANP tem 102, vários deputados do Partido de Renovação Social e do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) entraram no hemiciclo, juntando-se à sessão.
"Foi preciso recorrer ao diálogo interno para retomar a sessão de hoje. Agradeço a abertura de espírito e sentido de responsabilidade", afirmou Cipriano Cassamá.
"Alcançar os objetivos"O presidente do Parlamento salientou também que elegeu a "estabilidade", depois de recordar os últimos anos da crise política vivida na Guiné-Bissau. "Estou certo que juntos vamos conseguir alcançar os nossos objetivos", afirmou.
Antes do início do período da ordem do dia, Cipriano Cassamá leu também uma carta enviada pelo plenário ao primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, a exigir a presença da ministra dos Negócios Estrangeiros, Susy Barbosa, e do ministro da Administração Interna, Juliano Fernandes, para prestarem esclarecimentos sobre o tráfico de droga no país.
Os deputados querem ser esclarecidos, entre outros aspetos, sobre a apreensão, em setembro, de cerca de duas toneladas de cocaína, e a situação vivida no aeroporto de Cabo Verde por um cidadão guineense.
Programa do GovernoDo período da ordem do dia constam a discussão e votação do programa de Governo, análise e discussão de apreensão de drogas, debate e aprovação do orçamento geral da Assembleia Nacional Popular, eleição do conselho de administração do Parlamento, situação dos livres trânsitos para os deputados e análise e aprovação de acordos internacionais.
O Governo guineense entregou o programa no parlamento no início de setembro, mas devido à ausência do presidente do Parlamento e do primeiro-ministro, Aristides Gomes, do país, o início do debate ficou marcado para 19 de setembro.
Uma greve dos funcionários do Parlamento levou ao cancelamento da sessão a 19 de setembro, que acabaria por ser retomada numa unidade hoteleira de Bissau, sem os deputados do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).