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Guiné-Bissau com ajuda do FMI até 2019

Lusa
2 de junho de 2018

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou avaliação ao programa de apoio à Guiné-Bissau e prolongou até julho do ano que vem o apoio financeiro ao país. Total da ajuda poderá chegar a 32,2 milhões de dólares.

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Foto: picture-alliance/dpa/J. Lo Scalzo

"A finalização da revisão permite a disponibilização de 4,3 milhões de dólares, trazendo o total dos desembolsos para 24,2 milhões de dólares", lê-se no comunicado divulgado nesta sexta-feira (01.06) à noite em Washington, no qual se dá conta que o programa de apoio foi alargado até julho de 2019, oito meses depois das eleições previstas para novembro deste ano, e que o total da ajuda deverá subir de 24,2 milhões de dólares para 32,2 milhões.

Ainda de acordo com o FMI, o prolongamento do programa por mais um ano "vai ajudar a ancorar a estabilidade macroeconómica durante o próximo período eleitoral, apoiar as reformas focadas na mobilização das receitas e o combate à falta de infraestruturas essenciais, para além de ajudar também a cumprir as necessidades da balança de pagamentos".

Avaliação

Na quinta avaliação do programa iniciado em 2015, o conselho de administração do FMI considera que a implementação das linhas do acordo de assistência financeira "foi boa" e acrescenta que "todos os critérios de desempenho e as metas indicativas foram cumpridas", o mesmo acontecendo com seis dos oito indicadores estruturais de referência, com um a ser alcançado, entretanto, e outro está em fase de finalização.

Guinea-Bissau Bissau Stadt Hauptstadt
Centro de BissauFoto: Creative Commons/Teseum

"A atividade económica manteve-se robusta", o que explica um crescimento de quase 6% no ano passado e a previsão de que a economia da Guiné-Bissau cresça 5% ao ano até 2022, com a inflação controlada nos 1,1% em 2017 e o défice nos 1,5% do PIB.

"A perspetiva de evolução económica é genericamente positiva, com o crescimento projetado de 5,2% este ano, mas sujeito a significativos riscos que emanam do ainda frágil ambiente político e dos termos adversos dos desenvolvimentos no comércio".

"Manter um forte ímpeto reformista será crucial para os contínuos melhoramentos nos resultados", comentou o vice-diretor executivo do FMI, Tao Zhang, acrescentando que "continuar o progresso sobre as melhorias das condições para os empresários privados também será importante", tal como é o fortalecimento do setor bancário, encarado como "crítico para manter a estabilidade do setor financeiro e alargar a intermediação financeira".

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