FLEC-FAC faz ultimato a Governo angolano
4 de abril de 2024"As Forças Armadas de Cabinda (FAC) impõem um ultimato de 30 dias ao Governo do Presidente de Angola, João Lourenço para retirar a totalidade das suas tropas de Cabinda", avisa a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda - Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) num comunicado veiculado pela agência portuguesa Lusa.
Denuncia ainda o que considera ser a "intransigência do Governo angolano, com a sua postura belicista" no território situado a norte do país.
"Para além deste período de 30 dias, as FAC vão intensificar as suas ações militares de grande envergadura contra os invasores angolanos em todo o território de Cabinda, para fazer valer os nossos direitos", lê-se no referido comunicado. O documento reitera que "a autodeterminação pela independência é a única solução para Cabinda".
O Estado-Maior General das FAC refere, no mesmo documento, que os seus militares, "em operação na região de Tando-Zinze, efetuaram com sucesso duas ações contra as posições das Forças Armadas Angolanas (FAA), provocando severas baixas ao ocupante".
A FLEC-FAC revela que morreram nesta operação 25 soldados angolanos e seis oficiais superiores, um coronel, um major da polícia militar, três capitães e um tenente, adiantando que as FA) terão recuperado "armamentos deixados pelos soldados angolanos das FAA".
O Governo angolano, segundo refere a Lusa, recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.