Egito descobre tumba de 3.500 anos
9 de setembro de 2017O Governo egípcio anunciou este sábado (09.09) que um túmulo faraônico com mais de 3.500 anos foi descoberto na cidade de Luxor, no sul do país. A descoberta data do Império Novo (séculos XVI a XI a.c.).
O túmulo é de um ourives real que viveu durante o reinado da 18ª dinastia. O sítio foi encontrado na necrópole de Dra Abul Naga, na margem oeste do rio Nilo, em um cemitério famoso por seus templos - onde nobres e altos funcionários do Governo foram enterrados.
O ministro das Antiguidades, Khaled El-Anany, disse que a tumba estava em estado de apodrecimento, mas contém uma estátua do ourives e sua esposa, bem como uma máscara funerária. Ele disse ainda que um eixo do túmulo continha múmias pertencentes a antigos egípcios que viveram durante as 21ª e 22ª dinastias.
A tumba do ourives Amnemhat continha uma escultura de acordo com o ministério. Um retrato de seu filho foi pintado entre ele e suas esposa.
Outro eixo levou a uma câmara onde pesquisadores encontraram as múmias de uma mulher e seus dois filhos.
A mulher teria morrido aos 50 anos e os testes mostraram que ela sofria de uma doença óssea bacteriana, disse o ministério citando o especialista Sherine Ahmed Shawqi.
A equipe também descobriu 150 pequenas estátuas funerárias esculpidas em madeira, argila e pedra calcária.
Outras descobertas
O Egito anunciou recentemente outras descobertas. Em abril, os arqueólogos descobriram várias múmias, sarcófagos de madeira coloridos e mais de mil estátuas funerárias perto da cidade de Luxor. Em março, varreduras de radar do túmulo do sepulcro do Rei Tutancámon mostraram duas prováveis câmaras escondidas, provocando especulações de que, talvez, os restos da rainha Nefertiti possam ter sido finalmente encontrados.
Arqueólogos egípcios descobriram o túmulo, e a fanfarra em torno do anúncio foi usada para impulsionar a indústria de turismo que se recupera lentamente, uma importante fonte de renda nacional.
A indústria tem lutado desde a revolta pró-democracia em 2011 contra o então ditador do país, Hosni Mubarak.