Covid-19: Nyusi ameaça recuar no alívio das restrições
7 de setembro de 2020"Vamos observar por mais algum tempo [a conduta das pessoas], se isso prevalecer, vamos recuar [no alívio das medidas]", declarou nesta segunda-fera (07.09) o chefe de Estado moçambicano.
Filipe Nyusi avançou que recebeu com "desagrado" informações de que muitas pessoas estiveram a consumir bebidas alcoólicas de forma desregrada e sem observar o distanciamento social em algumas praias do país, durante o fim-de-semana "longo", que se estendeu até ao feriado do dia dos Acordos de Lusaka (07.09).
"Não vamos permitir que as vidas das pessoas sejam postas em causa", vincou Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano frisou que o fim do estado de emergência e a entrada em vigor, esta segunda-feira (07.09), do estado de calamidade pública não significa a cessação das medidas de segurança sanitária.
"O que pretendemos é combinar o binómio entre a segurança sanitária e a economia. Queremos, mais uma vez, apelar ao rigor na observância das medidas de prevenção", declarou Filipe Nyusi.
Estado de calamidade pública
O país entrou esta segunda-feira (07.09) no estado de calamidade pública, estando previsto um terceiro pacote de medias de alívio das restrições impostas no quadro de estado de emergência que vigorava desde 2 de abril ao abrigo das medidas de prevenção da Covid-19.
Moçambique regista 27 mortes por Covid-19 e 4.444 casos.
O Presidente de Moçambique fez o aviso durante uma comunicação à nação sobre a passagem do 46.º aniversário da assinatura dos Acordos de Lusaka, rubricados a 7 de setembro de 1974 pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), atual partido no poder, e pelo Governo português e que estabeleceram as condições para a declaração da independência de Moçambique, a 25 de junho de 1975.