35 detidos em São Tomé por violação do recolher obrigatório
27 de abril de 2020"Até ao momento, nós fizemos 35 detenções em todo o país. Temos no terreno pessoal da polícia e das forças militares que estão a ser apoiadas por outras forças como a Unidade de Defesa e Proteção dos Dirigentes do Estado (UPDE) e da polícia aduaneira", disse este domingo (26.04) o comissário da polícia são-tomense Isac Penhor.
Dos 35 cidadãos, 17 foram detidos no distrito de Água Grande, oito em Mé Zóchi, os dois maiores aglomerados populacionais do país, cinco em Lobata, 12 quilómetros a norte de São Tomé, e outros cinco em Cantagalo, sul da capital.
As quatro pessoas internadas com Covid-19 no país residem nos distritos de Agua Grande, Mé Zóchi e Cantagalo.
Detidos em protesto
Além dos 35 detidos no âmbito do confinamento obrigatório, outros 15 taxistas e moto-táxis foram igualmente detidos por organizarem barricadas e obstrução das vias de circulação.
"Houve paralisação de táxis, seguido de algumas barricadas, que resultaram na detenção de 15 pessoas, sendo 11 taxistas e quatro moto-taxistas", disse o comissário da polícia, sublinhando que essas detenções aconteceram em diversas barricadas efetuadas em pelo menos três localidades do país.
"Nós apreendemos também 20 motorizadas e quatro viaturas que participaram nessas barricadas", acrescentou Isac Penhor.
O comissário Isac Penhor, que é igualmente comandante da polícia do Distrito de Lobata (norte da capital), sublinhou que os detidos por violação do confinamento obrigatório foram libertados 24 horas depois, sem qualquer medida de coação, mas os taxistas e "motoqueiros" saíram sob termo de identidade e residência, devendo ser apresentados nos próximos dias ao Ministério Público.
Recolher obrigatório
O Governo anunciou esta semana mais um caso confirmado de Covid-19, elevando para quatro o número de pessoas infetadas pela doença, tendo, no quadro do Estado de Emergência, imposto o recolher obrigatório a partir das 19h em todo o território nacional desde a quarta-feira passada (22.04).
"As forças dos serviços de segurança não vão tolerar qualquer situação de desordem ou outra que possa pôr em causa o normal funcionamento das instituições. Por isso, queremos apelar a todos os cidadãos para o cumprimento escrupuloso das normas estabelecidas".