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Angola: UNITA envia recado de "unidade, paz e reconciliação"

11 de novembro de 2024

Ato central das comemorações dos 49 anos de independência de Angola decorreu na província angolana de Malanje. Sede da UNITA no Bengo lembra nacionalistas que lideraram a luta de libertação.

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Cartaz com os rostos de Holden Roberto, Agostinho Neto und Jonas Savimbi foi colocado na sede da UNITA no Bengo
Na sede da UNITA no Bengo está um cartaz com os rostos dos três nacionalistas que lideraram a luta de libertação nacionalFoto: Moisés Alfredo

As celebrações dos 49 anos da independência de Angola decorreram sob o lema: "11 de Novembro: Unidade Nacional, Produção e Desenvolvimento Sustentável".

E o exemplo de unidade e reconciliação veio da província angolana do Bengo. Na sede do partido do "Galo Negro" está um cartaz com os rostos dos três nacionalistas que lideraram a luta de libertação nacional.

Em declarações à DW África, Moisés Alfredo, secretário provincial da UNITA no Bengo, diz tratar-se de um recado.

"É um recado de unidade, paz e reconciliação nacional. Se queremos contar a história de Angola sobre a independência nacional, temos de falar necessariamente destes três nacionalistas, Holden Roberto pela UPA/FNLA, Agostinho Neto pelo MPLA, e Jonas Savimbi pela UNITA", explica.

Nas celebrações do 17 de setembro, Dia do Herói Nacional, e do 11 de novembro, data da independência angolana, fala-se apenas de António Agostinho Neto - primeiro Presidente da República de Angola.

Moisés afirma que o cartaz é um sinal de inclusão.

"Essa é a verdadeira história. São esses que deram o seu máximo para a independência do nosso país. Basta buscar o Acordo do Alvor, e vai-se encontrar toda a realidade e a razão da inclusão dos três nacionalistas nesse cartaz," pondera.

Sede da UNITA no Bengo, em Angola
Moisés Alfredo: "É um recado de unidade, paz e reconciliação nacional"Foto: Moisés Alfredo

Paz e estabilidade

O ato central das comemorações dos 49 anos decorreu na província angolana de Malanje e foi presidido pela ministra de Estado para Área Social, Maria Bragança.

As celebrações em Luanda, capital de Angola, foram orientadas por Francisco Pereira Furtado, ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República.

"É um dia de reflexão para todos os angolanos por aquilo que todos nós fizemos, o que tivermos que fazer para continuar a manter esse país em paz, manter o país íntegro e manter o país em estabilidade, para que esse país possa se desenvolver, para que tenhamos um país próspero que é o que mais desejamos," declarou.

"Corrigir o que está mal"

A Independência de Angola foi proclamada em Luanda, a 11 de novembro de 1975, por António Agostinho, então líder do MPLA.

Para a ex-esposa do primeiro presidente angolano, o país continua a enfrentar vários desafios. Maria Eugénia Neto deixa apelos:

"Eu sinto que se conseguiu, mas há muita coisa para corrigir o que está mal. Tem que trabalhar, tem que estudar, tem que ser honesto, têm que ser pontuais," pontuou.

A partir deste mês, o país começa a celebrar o seu meio século de independência sob o lema: "Angola 50 anos: Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas, construindo um Futuro Melhor".

As comemorações que se estendem até dezembro de 2025 preveem, entre outras coisas, a inauguração de várias infraestruturas, incluindo as do poder local.

Júlio Baião lutou pela libertação e depois contra o MPLA