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SaúdeÁfrica do Sul

Ômicron causa "sintomas leves" na África do Sul

28 de novembro de 2021

Médica que ajudou a identificar nova variante do coronavírus diz que infectados se recuperaram sem precisar de hospitalização e que acredita que situação atual não justifica "pânico" gerado pela nova cepa.

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Homem ao lado de manchete de jornal sul-africano sobre nova variante do coronavírus
Frentista de posto na África do Sul e manchete de jornal sobre nova variante descoberta no paísFoto: Denis Farrell/AP/picture alliance

Os casos covid-19 relacionados à variante ômicron detectada até o momento na África do Sul não causaram sintomas graves, e os pacientes se recuperaram sem precisarem ser hospitalizados. É o que afirma uma das cientistas que ajudou a identificar a nova cepa do coronavírus.

"Os sintomas são leves", disse Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul (Sama), em declarações neste domingo (28/11). "Em duas semanas, poderemos ter uma imagem diferente, mas por enquanto isso é o que observamos", acrescentou.

"Situação atual não justifica pânico"

Na opinião de Coetzee, pelo que observaram os médicos, a situação por ora não justificaria o "pânico" gerado.

Os sintomas são leves e quem é infectado pela cepa não perde o olfato e o paladar, como acontecia a princípio com infecções pelo vírus.

Em entrevista à agência de notícias AFP, ela afirmou que nos últimos dez dias examinou cerca de 30 pacientes que deram positivo para o coronavírus, mas apresentavam sintomas incomuns.

"Eles vieram se consultar porque estavam extremamente cansados", disse a médica, que trabalha em Pretória. Isso, segundo ela, é incomum em pacientes mais jovens. A maioria dos infectados era de homens com menos de 40 anos de idade, e menos da metade deles havia sido vacinada.

Sem perda do paladar ou olfato

Eles sentiam uma leve dor muscular, uma "coceira na garganta" e uma tosse seca. Nenhum deles reclamou de ter perdido paladar ou olfato. Apenas alguns tinham uma temperatura ligeiramente elevada. Todos se recuperaram sem precisarem ser hospitalizados.

Em 18 de novembro, Coetzee alertou as autoridades sanitárias de seu país sobre esse quadro clínico que não corresponde ao da variante delta que prevalece na África do Sul. Até então, ela havia examinado os primeiros sete de um total de 30 pacientes com sintomas incomuns. As autoridades não ficaram surpresas porque já haviam investigado a nova variante, segundo Coetzee.

Dias depois, em 25 de novembro, pesquisadores sul-africanos anunciaram que haviam identificado a variante B.1.1.529, denominada no dia seguinte ômicron pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Acredita-se que a cepa tenha múltiplas mutações e seja altamente contagiosa.

md (AFP, DPA, EFE)