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África do Sul mobiliza Exército contra violência xenófoba

21 de abril de 2015

Ministra da Defesa sul-africana diz que militares vão ser destacados para manter a ordem em Alexandra, no subúrbio de Johanesburgo. Nas últimas semanas, ataques causaram sete mortes e a fuga de milhares de estrangeiros.

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Foto: picture-alliance/dpa/K.Sutherland

O governo sul-africano anunciou nesta terça-feira (21/04) que vai mobilizar o Exército para combater a onda de violência xenófoba, que atinge as regiões de Johanesburgo e Durban há 15 dias, já deixou pelo menos sete mortos e forçou milhares a deixarem suas casas.

"O Exército é a última linha de defesa e será utilizado como força de dissuasão contra a criminalidade", afirmou a ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, durante visita a Alexandra.

A cidade de Alexandra, nos arredores de Johanesburgo, é um dos principais locais afetados pela onda de violência contra imigrantes, sobretudo os provenientes de outros países do africanos.

Inicialmente, os soldados deverão ficar apenas em Alexandra, mas poderão ser enviados para outras áreas, como a província de KwaZulu-Natal. A região, que tem Durban como capital, é desde março palco de atos de xenofobia.

No sábado, um moçambicano foi morto em Alexandra e na madrugada desta terça-feira um casal do Zimbábue foi atacado na cidade. Nas últimas semanas, imigrantes foram apedrejados e queimados vivos.

A África do Sul tem uma população de cerca de 52 milhões de pessoas, sendo cerca de 5 milhões de imigrantes, em sua maioria de outros países do continente africano.

Apesar de uma economia relativamente bem sucedida, o país sofre com desemprego de 25%, e críticos da imigração afirmam que os trabalhadores estrangeiros tiram o emprego e as oportunidades dos nativos.

FC/afp/rtr/lusa