Zeitgeist: Do G7 ao G20
6 de abril de 2017A história dos grupos das nações mais poderosas do mundo começa em 1975, com a criação do Grupo dos Seis (G6). O fórum foi criado pelo chanceler federal alemão, Helmut Schmidt, e pelo presidente francês, Valéry Giscard d'Estaing, em meio à crise econômica mundial. Faziam parte, além da Alemanha e da França, os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão e a Itália.
O primeiro encontro foi no Château de Rambouillet, na França. A ideia era debater os principais problemas da economia mundial numa conversa informal de líderes, em torno de uma lareira. Os temas centrais foram o sistema monetário internacional, com o fim do sistema de câmbio de Bretton Woods, e a crise do petróleo.
Um ano depois, o grupo ganhou um novo membro a pedido dos Estados Unidos – o Canadá – e passou a ser conhecido como Grupo dos Sete (G7). Essa foi a formação que se manteve por vários anos, até que o colapso da União Soviética mostrou a necessidade de incluir um novo membro no grupo: a Rússia.
A participação oficial dos russos começou em 1998, depois de alguns anos de participação à margem. Porém, em 2014, a Rússia foi excluída em resposta à anexação da Crimeia. O G8, assim, voltava a ser G7, mas a verdade era que esse formato há muito tempo já havia sido abandonado por não se mostrar o mais apropriado para o debate sobre os problemas do mundo.
Já em 2005, mais cinco países haviam sido convidados para participar dos encontros: as potências emergentes China, Índia, Brasil, México e África do Sul. Era óbvio que a discussão de muitos temas, como as questões ambientais, por exemplo, não fazia mais sentido sem a presença desses países, que ganhavam cada vez mais relevância internacional.
Esse formato durou apenas três anos, e foi substituído definitivamente em 2008 pelo G20, o grupo das 19 maiores economias do planeta mais a União Europeia. O G20 representa cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, 80% do comércio e cerca de dois terços da população. Os encontros do grupo são anuais.
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