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Volkswagen aposta em carros elétricos e autônomos

17 de junho de 2016

Após escândalo de emissão, montadora divulga nova estratégia e planeja lançar mais de 30 modelos totalmente elétricos até 2025. Além disso, empresa comunica investimentos em automóveis com sistemas de autocondução.

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Foto: Getty/AFP/R. Hartmann

O Grupo Volkswagen anunciou, nesta quinta-feira (16/06), planos para lançar mais de 30 modelos totalmente elétricos até 2025, numa tentativa de reposicionar a montadora no mercado depois do recente escândalo de manipulação dos motores a diesel.

Apresentando o que ele descreveu como os "blocos chave de construção na nova estratégia do consórcio", o presidente da Volkswagen, Matthias Müller, disse que a Volkswagen pretende "transformar seu núcleo do negócio automotivo ou, dito de outra forma, fazer um realinhamento fundamental na preparação para a nova era da mobilidade".

Müller disse que a tecnologia de bateria tem de estar entre as principais competências da montadora, pois os carros elétricos se tornarão um realidade. No momento, os fabricantes de carros elétricos dependem fortemente de produtores externos de baterias.

A montadora alemã, que inclui 12 marcas, entre elas Porsche, Seat, Bentley, Scania, Man e Lamborghini, comunicou que pretende vender "de dois a três milhões" de automóveis movidos a energia elétrica.

E carros totalmente autônomos com sistemas de autocondução também fazem parte da nova estratégia da Volkswagen, com um modelo próprio que deve ser lançado em 2021 e conta com o trabalho de mais de mil especialistas adicionais de softwares.

"Estamos tornando a condução autônoma e a inteligência artificial tecnologias centrais no Grupo Volkswagen", disse Müller. A mudança vem aliada com a recente concorrência na indústria automobilística de empresas de tecnologia como Google e Apple.

A Volkswagen, que até então não tem sido particularmente ativa no setor automotivo elétrico, estima que em dez anos tais veículos "poderão ser cerca de um quarto do mercado global de automóveis de passageiros".

A mudança estratégica se tornou necessária, depois que, em setembro passado, veio à tona o maior escândalo da história da Volkswagen, que instalou em 11 milhões de motores a diesel softwares que manipularam a emissão de CO2 de seus veículos.

PV/lusa/afp