Vacina protege mais que infecção, diz estudo nos EUA
31 de outubro de 2021As vacinas contra a covid-19 oferecem maior proteção do que imunidade resultante de uma infecção anterior, de acordo com um estudo divulgado neste sábado (30/10) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
Segundo os pesquisadores, pessoas não vacinadas que foram infectadas meses antes têm cinco vezes mais probabilidades de contrair covid-19 do que as pessoas com vacinação completa e sem infeção anterior.
A pesquisa analisou dados de quase 190 hospitais em nove estados americanos. Ao todo, foram considerados no estudo dados de cerca de 7 mil pacientes adultos que foram hospitalizados neste ano com doenças respiratórias ou sintomas semelhantes aos de covid-19.
Cerca de 6 mil dos pacientes analisados foram totalmente vacinados com Moderna ou Pfizer, entre três e seis meses antes do internamento hospitalar. Outros mil não foram vacinados, mas haviam sido infectados com covid-19 no mesmo período.
Cerca de 5% dos pacientes vacinados testaram positivo para o novo coronavírus, contra cerca de 9% dos pacientes do grupo não vacinado.
Os investigadores consideraram ainda outros dados, como a idade e a intensidade da circulação do vírus em diferentes áreas para concluir que o grupo não vacinado corria um risco maior de contrair a doença.
O estudo dá apoio a algumas investigações anteriores, incluindo pesquisas que encontraram níveis mais elevados de anticorpos em pacientes vacinados do que em outros que haviam contraído a doença.
Ainda segundo os investigadores, não foram recolhidos dados suficientes para chegar a qualquer tipo de conclusão sobre as outras vacinas aplicadas nos EUA, como a da Johnson & Johnson.
rpr (rtr, lusa, ots)