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União Europeia aprova nono pacote de sanções à Rússia

16 de dezembro de 2022

Novas medidas devem incluir a proibição da exportação de drones para Moscou e para países terceiros que possam ter relações comerciais com o Kremlin, incluindo o Irã.

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Policiais examinam destroços de um drone
Ucrânia vem sofrendo repetidos ataques a droneFoto: Sergei Supinsky /AFP/Getty Images

O Conselho Europeu aprovou nesta quinta-feira (15/12) o nono pacote de sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia.

"Os embaixadores chegaram a um acordo de princípio sobre um pacote de sanções contra a Rússia como parte do apoio contínuo da UE à Ucrânia", anunciou no Twitter a República Tcheca, que detém a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE).

A aprovação foi feita numa reunião dos embaixadores dos 27 Estados-membros, à margem de uma cúpula de líderes da UE em Bruxelas.

Os detalhes do novo pacote devem ser divulgados nesta sexta-feira. A novidade é que ele deve incluir a proibição da exportação de drones para a Rússia ou para países terceiros que possam ter relações comerciais com Moscou, incluindo o Irã,que tem sido acusado de fornecer este tipo de aeronave às Forças russas.

Além disso, a UE quer impor novos controles e restrições à exportação, particularmente de bens de dupla utilização, como produtos químicos e componentes eletrônicos e informáticos (que podem ser usados, por exemplo, em drones).

Quase 200 indivíduos e entidades devem ser incluídos na lista de novos sancionados, visando três bancos, restringindo os investimentos em mineração e banindo mais canais de TV russos, entre outros pontos.

Diplomatas disseram que, após as discussões, algumas isenções para "segurança alimentar e fertilizantes" foram aprovadas como parte do acordo.

Isso irritou alguns países do leste europeu. O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, por exemplo, reclamou que o novo pacote de sanções "foi uma oportunidade perdida".

Alternativas se esgotando

A UE já impôs oito pacotes de sanções à Rússia desde o início da guerra, em fevereiro, inclusive visando as exportações de petróleo.

No entanto, diplomatas alertaram que o bloco está ficando cada vez mais sem meios de prejudicar a economia russa à medida que a guerra se aproxima de seu décimo mês.

Até agora, o bloco evitou visar o fornecimento de gás da Rússia por medo de aumentar ainda mais os preços da energia. Também evitou setores importantes individualmente para alguns dos Estados-membros, como diamantes.

Além de sanções a várias entidades, bancos e indivíduos, incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, e membros de sua família, a UE aprovou anteriormente embargos às importações de carvão e petróleo por via marítima, em estreita colaboração com os aliados ocidentais. Até agora, um total de 1.241 indivíduos e 118 entidades estão na lista de sanções da UE, que abrangem congelamento de bens e proibição de viagens.

Na semana passa, em conjunto com a União Europeia, os países do G7, anunciaram a intenção de impor um teto de 60 dólares ao barril de petróleo russo, na tentativa de limitar os fundos para a máquina de guerra de Moscou.

le (AP, AFP, Lusa, ots)