1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Uniformes olímpicos são motivo de piada nas redes sociais

Miriam Karout (av)5 de agosto de 2016

Parece difícil não ter boa aparência quando se é um jovem e atlético esportista. Porém no Facebook e Twitter as comparações dos trajes vão de caixa de pizza e borracha de apagar a batatas fritas com mostarda e ketchup.

https://p.dw.com/p/1JcCG
Atletas russos na apresentação do uniforme: muitos encararam com humor semelhança das roupas americanas
Atletas russos na apresentação do uniforme: muitos encararam com humor semelhança das roupas americanasFoto: picture-alliance/dpa/M. Metzel

A sexta-feira (05/08) é o grande dia: no Maracanã, no Rio de Janeiro, transcorre a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2016. Nesse dia, é justo ver o grande estádio, com sua capacidade para quase 80 mil espectadores, como a maior passarela do mundo, onde centenas de atletas de ambos os sexos desfilarão de traje esportivo de gala.

Muitas equipes nacionais há anos se colocam nas mãos dos grandes figurinistas e grifes, como Ralph Lauren, Giorgio Armani, Stella McCartney ou Lacoste. Estes brilham não só nos uniformes prático-esportivos, mas também com modelos chiques, elegantes e, em parte, tradicionais, desenhados especialmente para as festas de abertura e encerramento.

Enquanto alguns países já apresentaram publicamente as roupas de seus competidores, outras, como a Itália ou a França, até o momento só tornaram públicos os seus uniformes esportivos, deixando como surpresa os designs da grande cerimônia inicial.

De borracha Pelikan a caixa de pizza

Quando a passarela olímpica é tão grande quanto o estádio do Maracanã, não é fácil criar um traje satisfatório. Os estilistas do Irã estão sendo duramente criticados nas redes sociais: ninguém entendeu muito bem qual foi a ideia deles. Devido a suas cores, o design original lembrava, antes, as borrachas de apagar azul-marrons da firma Pelikan, apontou um tweet.

Outro usuário usou uma fotocolagem para provar que nem mesmo o casal americano de atores Brad Pitt e Angelina Jolie conseguiria fazer boa figura em tais panos.

Os figurinistas levaram as críticas a sério e voltaram para as máquinas de costura. O resultado foi um uniforme moderno, com as cores da bandeira nacional iraniana. Os críticos da rede não deram trégua: agora eles estavam parecendo aquelas caixas de papelão para pizza.

EUA ou Rússia?

Nos Estados Unidos, as queixas são contra os modelos projetados por Ralph Lauren, que desde 2008 é o figurinista oficial dos atletas olímpicos americanos. A alegação é que as camisetas listradas de branco, azul e vermelho lembrariam a bandeira russa.

No Twitter e Facebook, reina a perplexidade e confusão: como é que a bandeira russa foi parar nos uniformes americanos? "Acho que perdemos a notícia de que agora somos russos", tuitou um.

Ao lado dos comentários negativos, houve também boas reações do lado russo, encarando com humor a semelhança involuntária. "Quem fez esse uniforme? Será que vocês estão apoiando secretamente os atletas russos? A gente não se importa nem um pouco!", postou uma usuária no Facebook.

Zika, folclore e batatas fritas

Na Geórgia, as roupas olímpicas provocaram um debate político: elas seriam conservadoras demais, não refletindo, de forma alguma, a sociedade moderna. Feministas atacaram as folclóricas saias longas que as participantes portarão na sexta-feira.

As intenções do estilista Samoseli Pirveli certamente não foram más, porém mais de 6 mil georgianos já assinaram uma petição online contra o traje criado para a Rio 2016. Trata-se da tradicional chokha georgiana, que voltou a entrar na moda após a queda da União Soviética – segundo Pirveli, aqui numa versão moderna.

Alguns brincam, afirmando que os trajes serão bons para se proteger dos mosquitos transmissores do zika. Porém há quem se preocupe seriamente que o uniforme de gala possa prejudicar a reputação do país, perguntando se o autor não seria o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI).

Assim como a maioria dos países, a China tentou vestir sua equipe olímpica nas cores nacionais. E o que se critica na rede não são as calças e saias brancas, nem os lenços coloridos. Mesmo o estilo "aeromoça retro" foi aceito. O problema são os blazers vermelhos e amarelos.

"Como ovos estrelados e tomates", comparou alguém. Outros – lembrando um gosto culinário bem alemão e belga – pensam em batatinhas fritas com mostarda e ketchup. Enfim: os trajes parecem evocar tudo, menos a exuberante palheta patriótica chinesa de púrpura e ouro.