Uma cidade cosmopolita
24 de setembro de 2018Ao caminhar pelas ruas de Berlim é possível ouvir as mais variadas línguas e vivenciar uma grande diversidade cultural. O cosmopolitismo da capital alemã é incontestável, e dados divulgados na semana passada pelo Departamento de Estatística local apenas comprovam essa impressão: na capital alemã vivem cidadãos de 193 nações.
Neste mundo que escolheu Berlim para viver, a maioria dos habitantes, em disparada na liderança absoluta neste ranking, com 82,4%, é alemão. O grupo que ficou em segundo lugar foi o de turcos, que, com pouco mais de 85,5 mil cidadãos na cidade, embora pareçam bem numerosos, não passam de 2,4% da população total. Em seguida vem os poloneses, com 1,4%.
Na cidade há mais de 5,5 mil brasileiros. Entre as nações que ficam na lanterna desta lista estão as insulares Comores e Fiji, além do Vaticano, cada um destes com três representantes em Berlim.
Os dados mostraram ainda que, em 2017, Berlim cresceu 1,1% e, atualmente, possui 3.613.495 de habitantes. No ano passado, a capital alemã ganhou 38,7 mil novos moradores em relação a 2017. Mais de 178 mil pessoas se mudaram para Berlim, enquanto 144 mil deixaram a capital alemã.
O grupo populacional que mais cresceu na cidade foi o dos estrangeiros, com um aumento de 6,6%. Já entre os alemães houve uma queda, muitos estão deixando a capital para morar na região metropolitana, de fácil acesso com o transporte público e com grande área verde. Além disso, o aluguel costuma ser mais barato em zonas mais afastadas.
Em 2017, Berlim registrou também a primeira queda na taxa de natalidade da cidade desde 2011. No ano passado, 40.163 mil bebês nasceram na capital alemã, 924 a menos do que no ano anterior.
Apesar de a primeira impressão ser de que Berlim está crescendo em ritmo acelerado, os dados revelaram que o ritmo de aumento populacional está menor do que o estimado por especialistas.
Toda essa variedade populacional se reflete na riqueza cultural da cidade, que tem festas tradicionais de vários países, como a festa junina brasileira, recebe artistas do mundo todo e, em seus restaurantes, é possível fazer uma viagem pelo melhor das culinárias típicas de diversas regiões do mundo.
Clarissa Neher trabalha como jornalista freelancer para a DW Brasil e mora desde 2008 na capital alemã. Na coluna Checkpoint Berlim, publicada às segundas-feiras, escreve sobre a cidade que já não é mais tão pobre, mas continua sexy.
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp
| App | Instagram | Newsletter