UE triplica verba de missões para resgate de refugiados
24 de abril de 2015Os líderes da União Europeia anunciaram nesta quinta-feira (23/04) que vão triplicar as verbas da missão de vigilância marítima Triton, que atualmente é de cerca de 3 milhões de euros mensais, para reforçar o resgate de refugiados no Mediterrâneo.
Em reunião de emergência dos líderes europeus em Bruxelas para discutir a crise migratória, países-membros assumiram o compromisso de ceder mais navios, aviões e helicópteros. Desde o início do ano, quase 2 mil pessoas morreram ao tentar chegar à Europa e a ONU pressionou a UE para tomar medidas em prol dos refugiados.
"Queremos avançar rapidamente. Então, vamos triplicar os recursos financeiros para as relevantes missões da Frontex [Agência Europeia de Gestão das Fronteiras Externas], de forma a melhorá-la", afirmou a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, após o encontro em Bruxelas.
Ela disse que se for verificado que os fundos não são suficientes, o tema voltará a ser debatido pelos chefes de Estado e de governo dos países-membros da União Europeia. "Aqui, dinheiro não deve ser um obstáculo", disse a líder alemã.
Alemanha e França se comprometeram em enviar dois navios, cada. O Reino Unido prometeu deslocar três embarcações para o Mediterrâneo, e outros países-membros deverão direcionar mais barcos e helicópteros para serem usados na patrulha das fronteiras marítimas e no resgate de imigrantes.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, falou que os líderes da União Europeia pediram que a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, prepare ações para capturar e destruir os barcos dos traficantes de pessoas "em linha com a lei internacional e os direitos humanos".
Tusk lembrou que salvar a vida de pessoas inocentes é a prioridade número um da União Europeia. Ajudar, porém, não significa somente resgatar os refugiados do Mediterrâneo, mas também parar os traficantes e lutar contra o tráfico de pessoas.
"É preciso desencorajar também os imigrantes, o que significa uma maior cooperação sobretudo com países próximos à Líbia", citou.
Entre outras ações previstas estão a agilização dos processos de visto e asilo; e rapidez no envio para os países de origem os requerentes que não conseguem receber o direito de permanência no bloco europeu.
FC/rtr/ap/efe/afp/dpa