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Nova estratégia dos EUA

27 de março de 2009

Anúncio da nova estratégia dos EUA para o Afeganistão é recebida com alívio na União Europeia. Planos de maior engajamento civil apresentados por Barack Obama vêm ao encontro dos planos de Bruxelas.

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Obama anunciou em Washington nova estratégia para o Afeganistão e o PaquistãoFoto: AP

A União Europeia apoia a nova estratégia dos Estados Unidos para o Afeganistão e contribuirá, com mais dinheiro e formação policial para o desenvolvimento civil desse país, assegurou nesta sexta-feira (27/03) o bloco de 27 ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE).

Durante o encontro no palácio de Hluboka, no sul da República Tcheca, o ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, assegurou que "a nova estratégia de Obama se aproxima muito das ideias europeias sobre a missão no Afeganistão".

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Ministro SteinmeierFoto: AP

Steinmeier destacou que a prioridade é a reconstrução civil, embora siga "sendo necessário combater as forças que geram instabilidade e violência nesse país". Os Estados Unidos não "exigiram" da Europa nem da Alemanha que enviem mais soldados para o Afeganistão, acrescentou.

Equilíbrio de esforços civis e militares

Um dos temas das conversações dos ministros europeus nesta sexta-feira foi o reforço da formação policial, à qual presumivelmente serão incorporados cerca de 4 mil instrutores nos próximos meses.

O ministro britânico de Relações Exteriores, David Miliban, cujo país possui o segundo maior contingente de soldados no Afeganistão, depois dos EUA, saudou a intenção anunciada pelo presidente Barack Obama, nesta sexta-feira, de "equilibrar melhor" os engajamentos civil e militar, assim como sua intenção de apoiar os governos democráticos no Afeganistão e no vizinho Paquistão.

"Obama dará importância à idéia de que os norte-americanos consideram o Afeganistão e o Paquistão um conjunto", disse Miliband, acrescentando que "a Europa tem um importante papel a desempenhar".

A França e a Itália estão entre os membros da UE que dispõem de uma polícia militar. De ambos espera-se que contribuam com mais instrutores para a formação da Eupol no Afeganistão. "A Europa deveria fazer mais. Ela deveria ser um produtor de segurança e não um consumidor de segurança à custa dos Estados Unidos", disse o ministro italiano de Relações Exteriores, Franco Frattini.

Afeganistão será tema de conferência na próxima semana

"O presidente Obama está indicando uma linha de ação com a qual a Itália sempre esteve de acordo: a formação da polícia, a consolidação das instituições afegãs e uma perspectiva regional", afirmou.

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Ferrero-WaldnerFoto: picture-alliance/ dpa

Frattini manifestou a disposição de seu país de enviar mais efetivos da polícia militarizada (carabinieri) para o Afeganistão. "Mas a Europa como um todo deveria fazer mais quando se trata de coordenar as intervenções", advertiu.

Já o ministro tcheco do Exterior, Karel Schwarzenberg, cujo país detém a presidência semestral do Conselho Europeu, garantiu que na UE "sempre estamos dispostos a fazer mais".

"Contribuiremos com toda certeza por um maior engajamento civil e colaboraremos com mais dinheiro", afirmou a comissária europeia de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, referindo-se à conferência internacional sobre o Afeganistão, no próximo dia 31 de março, em Haia.

RW/AV/dpa