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UE prorroga sanções contra a Rússia até 2016

22 de junho de 2015

Ministros do bloco estendem em seis meses as sanções contra a Rússia para forçar o país a cessar conflito na fronteira com a Ucrânia. Kremlin diz que sanções são "infundadas" e que vai responder com "reciprocidade".

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Foto: dpa

A União Europeia (UE) formalizou nesta segunda-feira (22/06) a prorrogação das sanções econômicas contra a Rússia até 31 de janeiro de 2016. O objetivo é pressionar o governo de Vladimir Putin a conter o conflito separatista na fronteira com a Ucrânia.

Reunidos em Luxemburgo, os ministros do Exterior da UE ratificaram a decisão tomada por embaixadores dos 28 países-membros do bloco na semana passada. A prorrogação foi decidida um dia depois de a Rússia anunciar o reforço do seu arsenal nuclear.

As sanções, que abrangem o setor energético, financeiro e de defesa, foram implementadas em julho de 2014, em resposta à anexação da região ucraniana da Crimeia ao território russo.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que as sanções são infundadas. "Falando sobre sanções, a reciprocidade é a base de como lidamos com a situação", disse.

Russos lutam ao lado de separatistas levados "pela emoção"

A UE acusa o Kremlin de enviar tropas regularmente ao leste da Ucrânia para fortalecer as forças separatistas que atuam nas regiões de Donetsk e Lugansk, mas Moscou nega as acusações.

Em entrevista a um jornal russo, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia argumentou que é impossível impedir militantes de lutar na Ucrânia. "Eles são guiados pela emoção", afirmou Nikolai Patrushev, que acusa os EUA de alimentar o conflito para "tentar acabar com a Rússia".

"Nós não convocamos as pessoas e não as recompensamos. Mas é, de fato, impossível prevenir isso", disse. "As emoções entram em jogo, as pessoas vão até lá e lutam."

Nesta terça-feira, os ministros do Exterior da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França se reúnem para discutir o fracasso do acordo de cessar-fogo assinado entre Kiev e os separatistas, em fevereiro. O Acordo de Minsk estabeleceu um prazo de um ano para a Ucrânia retomar o controle sobre suas fronteiras.

Em 15 meses de conflito, cerca de 6,5 mil pessoas foram mortas e mais de um milhão tiveram que deixar suas casas na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

KG/afp/rtr/ap