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UE anuncia reunião com a Turquia sobre crise migratória

19 de fevereiro de 2016

Encontro entre líderes europeus e Ancara visa discutir plano de ação conjunta para lidar com fluxo de refugiados. Merkel afirma que parceria é prioridade e se diz satisfeita com resultados iniciais de cúpula da UE.

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Foto: picture-alliance/Photoshot

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou nesta sexta-feira (19/02), durante reunião de cúpula dos líderes da União Europeia (UE), que o bloco irá realizar um encontro extraordinário com a Turquia, no início de março, para discutir um plano de ação conjunta para lidar com a crise dos refugiados.

Após quase dez horas de discussões, Tusk disse que os chefes de Estado e de governo da UE foram unânimes ao concordar que "o plano de ação com a Turquia continua sendo uma prioridade e devemos fazer todo o possível para que tenha êxito".

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que "se antes da reunião havia dúvidas sobre a necessidade de cooperar com Turquia, elas foram dissipadas", destacando a unanimidade dos líderes europeus sobre o tema. "Não há alternativa para uma cooperação eficiente e inteligente."

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a conferência deverá ser realizada nos dias 5 ou 7 de março. Ela se disse satisfeita com os resultados do primeiro dia de cúpula.

"O fato mais importante para mim é que não apenas reafirmamos o plano de ação entre a UE e a Turquia, mas o estabelecemos como nossa prioridade", exaltou.

Merkel explicou que plano de ação consiste em melhoras na proteção das fronteiras externa da UE, além do combate à imigração ilegal e da redução do número de refugiados que chegam ao continente através da Turquia.

A estratégia prevê ainda a disponibilização de 3 bilhões de euros por parte da UE para melhorar as condições dos refugiados sírios no território turco. A UE chegou a um acordo sobre o financiamento no início deste mês.

Merkel destacou o apoio da Áustria ao plano de ação com a Turquia, apesar da recente decisão de Viena de limitar o número de refugiados que podem ingressar no país por dia. Quanto às medidas anunciadas pelo governo austríaco, Juncker afirmou que os líderes europeus se opõem a tais "ações unilaterais" para lidar com a crise migratória.

RC/rtr/afp/lusa/dpa