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UE anuncia plano para evitar novas tragédias no Mediterrâneo

20 de abril de 2015

Lista de dez medidas contempla a duplicação do número de embarcações-patrulha e do orçamento da missão europeia de vigilância marítima. Grupo de especialistas passará a ser enviado a regiões de onde partem refugiados.

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Foto: MOAS/Darrin Zammit Lupi

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, anunciou nesta segunda-feira (20/04) em Luxemburgo um plano com dez ações imediatas para prevenir novas tragédias envolvendo refugiados no Mediterrâneo.

Ao comunicar a criação de um grupo de trabalho contra o tráfico de seres humanos, Mogherini pediu ainda a responsabilidade compartilhada dos países da UE para evitar novas mortes de imigrantes.

As medidas contemplam a duplicação do número de barcos-patrulha da União Europeia e também do orçamento para a missão de vigilância marítima Triton – que hoje é de 3 milhões de euros.

Além disso, estão previstas a destruição de barcos usados para o tráfico de pessoas, o acolhimento voluntário de ao menos 5 mil refugiados nas zonas de crise e o envio de especialistas para regiões como o Norte da África para realizar tarefas de inteligência.

"A Europa tem que demonstrar sua capacidade de ação, unidade e responsabilidade", afirmou Mogherini após a reunião com 41 ministros do Interior e do Exterior dos países da União Europeia.

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Ministros europeus reunidos em LuxemburgoFoto: picture-alliance/dpa/J. Warnand

Ela afirmou que um grupo de trabalho contra o tráfico humano poderá ser colocado em prática nos próximos dias e assegurou que a UE prepara um plano para combater para dar assistência às vítimas.

Os pontos serão apreciados na próxima quinta-feira pelos líderes do bloco em reunião extraordinária convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

"A situação no Mediterrânea é dramática. Não pode continuar assim", afirmou Tusk.

Mais de 900 pessoas podem ter morrido num naufrágio perto da costa da Líbia no domingo, e outras 500 pessoas estariam a bordo de três barcos que teriam naufragado ou ficado à deriva nesta segunda-feira.

FC/dpa/rtr/afp/efe