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Ucrânia assume autoria de ataques a bases russas na Crimeia

7 de setembro de 2022

Bombardeios destruíram aviões e geraram constrangimentos a Moscou. Comandante ucraniano disse que objetivo foi mostrar aos russos que eles podem ser atingidos até longe das frentes de batalha.

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Imagem de satélite da base de Saki, na Crimeia, destruída por bombardeio ucraniano
Bombardeio à base russa de Saki, na Crimeia, deixou dez caças e um grande número de equipamentos destruídos e matou ao menos uma pessoa.Foto: Planet Labs PBC/AP Photo/picture alliance

A Ucrânia assumiu publicamente a responsabilidade pelos ataques de mísseis a diversas bases aéreas russas na Península da Crimeia, um mês após os bombardeios.

O comandante das Forças Armadas ucranianas, Valerii Zaluzhnyi, mencionou em artigo publicado pela agência estatal de notícias Ukrinform "uma série de bem sucedidos ataques a bases aéreas na Crimeia, principalmente no aeródromo de Saki".

O bombardeio à base de Saki destruiu dez caças e um grande número de equipamentos militares e matou ao menos uma pessoa.. Moscou alega que as explosões resultaram de um acidente, mas imagens de satélite sugerem um bombardeio das forças ucranianas, o que Kiev ainda não havia confirmado.

A Península da Crimeia foi anexada do território ucraniano pela Rússia em 2014, no mesmo ano em que grupos separatistas deram início a insurgência na região do Donbass.

Zaluzhnyi não revelou quais armamentos foram utilizados, mas afirmou que o objetivo dos ataques foi mostrar aos russos que, mesmo em lugares distantes das frentes de batalha, os perigos da guerra podem alcançá-los.

Novas remessas de armas a Kiev

O comandante disse não esperar que a guerra termine ainda este ano. Ele afirmou que a intenção é aumentar os ataques desse tipo em 2023, mas alerta que para isso, seria necessário o envio por parte dos aliados ocidentais de novos sistemas de artilharia.

Ele cita como exemplo os lançadores de mísseis Himars, dos Estados Unidos, que têm alcance de até 300 quilômetros.

O envio de novas remessas de armamentos será discutido em uma reunião na base aérea americana de Ramstein, na Alemanha, pelos membros do grupo de contato da Ucrânia, que inclui representantes de vários países.

rc (AFP, DPA)