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Twitter diz que políticos não estão acima de regras da rede

16 de outubro de 2019

Empresa anuncia que removerá mensagens de líderes mundiais que violarem suas normas e adotará medidas contra tuítes ofensivos. "Estamos operando numa cultura política cada vez mais complexa e polarizada", diz plataforma.

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Símbolo do Twitter
Twitter diz que pretende aplicar regras de "forma criteriosa e imparcial"Foto: imago/xim.gs

A rede social Twitter anunciou nesta terça-feira (15/10) que pode remover mensagens de políticos que violarem suas regras e destacou que líderes mundiais não estão isentos do regulamento da plataforma.

"Queremos deixar claro que as contas de líderes mundiais não estão acima de nossas políticas", afirmou o Twitter. Em um comunicado, a plataforma destacou que se reserva o direito de tomar "medidas coercivas" contra tuítes ofensivos, sobretudo aqueles que incluam ameaças de violência ou divulguem informações privadas.

O anúncio foi feito num momento em que as redes sociais, principalmente o Facebook, enfrentam pressões por permitir divulgação de informações falsas e enganosas feitas por líderes políticos em todo o mundo.

Tanto o Facebook quanto o Twitter haviam declarado anteriormente que não removeriam comentários de lideranças mundiais "dignos de notícia". O Facebook isentou ainda anúncios políticos de seu sistema de verificação de fatos.

Agora, o Twitter afirmou que sua política não deixa as rédeas soltas para publicações de líderes mundiais. A plataforma anunciou ainda que tomará medidas contra a "promoção do terrorismo" e "ameaças de violência claras e diretas", além de mensagens que divulgarem informações como endereço ou telefone de terceiros.

A plataforma também se comprometeu a atuar quando houver divulgação de fotografias ou vídeos íntimos sem consentimentos e publicações relacionadas à exploração sexual infantil e à promoção da automutilação.

O Twitter destacou que não estava mudando suas regras de conduta. No entanto, a declaração atual contraria o anúncio feito pela plataforma em junho, na qual afirmou que tuítes de líderes mundiais que violassem as normas da empresa mas tivessem "interesse público" não seriam apagados.

"Nosso objetivo é aplicar nossas regras de forma criteriosa e imparcial. Com eleições críticas e mudanças na dinâmica política no mundo, reconhecemos que estamos operando numa cultura política cada vez mais complexa e polarizada", afirmou a plataforma, prometendo reavaliar suas políticas constantemente.

O Twitter é um dos canais de comunicação preferidos de alguns líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro. Ambos muitas vezes utilizam suas contas para promover ataques a adversários políticos ou a jornalistas.

CN/afp/ots

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