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Turismo espera sair da crise em 2002

(ns)18 de março de 2002

Os 9900 expositores na Feira Internacional do Turismo (ITB), em Berlim, têm uma única esperança: recuperar as perdas desde os atentados terroristas de 11 de setembro, que precipitaram o setor em sua pior crise.

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Pisa, um dos destinos preferidos dos turistas na EuropaFoto: AP

A vontade de viajar levou muitas pessoas à Feira Internacional do Turismo (ITB), em Berlim, no fim de semana. O número de visitantes só será divulgado após seu encerramento, na quarta-feira (20). No ano passado, ela atraiu 120 mil pessoas. Nesta segunda-feira, porém, só abre ao público especializado.

O setor espera que a maior feira de turismo do mundo consiga reverter a tendência de queda nos meses após os atentados terroristas nos EUA e leve a um maior número de reservas. A Organização Mundial do Turismo (OMT) aguarda uma recuperação o mais tardar a partir do terceiro trimestre, contando, no final do ano, com um aumento de 3% no número mundial de turistas, indicou o presidente da OMT, Francesco Frangialli, sábado (16), na capital alemã. No ano passado, houve uma queda de 1,3% para 688 milhões de pessoas.

Luz no fim do túnel

- "Nossa indústria atravessou a pior crise de sua história, mas agora já vemos a luz no fim do túnel", disse Frangialli. Em janeiro e fevereiro aumentou a demanda. Entre julho e setembro o turismo deve voltar à normalidade, no que diz respeito à Europa, África, à região ocidental do Mediterrâneo e ao Caribe.

Em Israel, a espiral da violência continua afugentando os estrangeiros. O país já teve perdas de 2,2 bilhões de dólares, informou o Ministério israelense do Turismo, nesta segunda-feira, na ITB. Em 2001, o número de turistas diminuiu mais de 50% em relação ao ano anterior. Ainda assim teria sido uma surpresa que mais de 1,2 milhão de pessoas tenham visitado o país em 2001. O número de alemães diminuiu 63% para 65.440.

A avaliação dos alemães

- A Lufthansa aposta numa leve recuperação do mercado de viagens. A partir de abril, a companhia aérea alemã pretende colocar em funcionamento os 43 aviões que foram desativados logo após os atentados em setembro de 2001, e mais dois novos. O número de assentos oferecidos aumentará em relação ao plano de inverno, mas continuará 10% abaixo do nível do verão do ano passado.

O grupo Preussag, líder do mercado de turismo, não quis arriscar uma previsão, mas adiantou que o faturamento no período de inverno sofreu uma diminuição em função dos atentados. Já a Thomas Cook calcula que as reservas para o verão serão de 4% a 6% inferiores às de 2001.