Trump propõe legalizar 1,8 milhão de "dreamers"
26 de janeiro de 2018O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs nesta quinta-feira (25/01) ao Congresso uma reforma migratória que legalizaria a situação de 1,8 milhão de jovens imigrantes ilegais que foram levados aos EUA quando crianças. Em troca, republicano pediu a liberação de 25 bilhões de dólares para reforçar a segurança nas fronteiras do país.
A proposta representa um revés para Trump, que chegou a prometer a eliminação do programa criado durante a presidência do seu antecessor, Barack Obama, que visava proteger os imigrantes ilegais que entraram no país crianças e que permaneceram em situação irregular.
Segundo fontes, o número apresentado inclui os imigrantes protegidos pelo Programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca), que acaba em março por ordem Trump, e também jovens que chegaram aos EUA quando crianças mas não puderam aderir ao programa por diferentes razões. Atualmente, o Daca beneficia cerca de 700 mil jovens.
Para ser beneficiado pelo Daca, esses jovens, conhecidos como "sonhadores", tinham que provar que chegaram aos EUA antes dos 16 anos e que tinham menos de 31 anos em 2012, quando o programa foi criado.
Devido às restrições etárias, milhares de jovens não puderam se cadastrar, apesar de cumprirem outros requisitos do programa: não ter antecedentes penais e ter cursado ou estar matriculado no ensino médio ou na universidade.
Em troca da legalização, Trump, porém, pede a liberação de 25 bilhões de dólares que serão investidos na construção do muro na fronteira com o México e no reforço da segurança na fronteira do país com o Canadá.
Na quarta-feira, Trump disse estar disposto a conceder cidadania para parte dos "sonhadores", um assunto que desperta conflitos entre os republicanos. Alguns membros do partido consideram o gesto como uma "anistia" aos imigrantes.
Agora o Congresso deverá estudar as propostas do presidente e inclui-las em uma lei migratória. A sugestão deve encontrar resistência, principalmente, entre os republicanos. A Casa Branca espera que a decisão seja tomada em fevereiro.
CN/rtr/efe/lusa
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