Trump e Putin pretendem normalizar relações bilaterais
14 de novembro de 2016O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram em trabalhar para construir uma cooperação construtiva e tentar normalizar as relações bilaterais, anunciou o Kremlin nesta segunda-feira (14/11), após a primeira conversa de ambos, por telefone, desde as eleições americanas.
"A importância de criar uma base sólida para os laços bilaterais foi ressaltada, principalmente, sobre o desenvolvimento do componente comercial-econômico", destacou Moscou, num comunicado. Trump e Putin concordaram ainda sobre a necessidade de unir os esforços para combater o terrorismo internacional e o extremismo. A situação na Síria e a regulação do conflito também foram temas da conversa.
O presidente americano, Barack Obama, iniciou seu mandato com o objetivo de renovar os laços com Moscou. Porém, os conflitos na Ucrânia e na Síria estremeceram as relações bilaterais entres os países, que alcançaram os piores níveis desde o fim da Guerra Fria. Trump irá assumir a presidência em janeiro, mas já durante a campanha eleitoral, demonstrou interesse em unir forças com a Rússia para combater inimigos comuns, como o terrorismo.
Por telefone, o dirigente russo desejou a Trump sucesso na realização de seu programa eleitoral e lhe expressou seu desejo de abrir um diálogo de parceiros "em pé de igualdade". Ambos lembraram que no próximo ano se completarão 210 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre a Rússia e os EUA, o que, "por si só, deve estimular o retorno a uma cooperação pragmática e mutuamente benéfica, que responda aos interesses de ambos países e à estabilidade e segurança mundiais", disse o Kremlin.
"Foi decidido continuar os contatos por telefone e prever a perspectiva de um encontro pessoal, que terá que ser preparado pelos representantes de ambas as partes", acrescentou o governo russo.
Em comunicado, o escritório de Trump afirmou que o presidente eleito ressaltou a Putin seu desejo de fortalecer as relações americanas com a Rússia e com o povo russo.
CN/efe/rtr/afp/ap