Tropas belgas deixam a Alemanha depois de 50 anos
6 de junho de 2002Com uma parada militar, e na presença do rei da Bélgica, Alberto II, do presidente alemão, Johannes Rau, e do ministro alemão da defesa, Rudolf Scharping, as tropas se despedirão do país nesta sexta-feira (7/6), no quartel Camp König Baudouin (Campo Rei Bauduíno), na região de Troisdorf.
Presença estrangeira - Na Alemanha ainda estão estacionadas forças armadas de diversas nações. Setenta mil americanos, 21 mil britânicos, 3 mil franceses e em torno de 2500 holandeses continuam ocupando o território nacional.
Após a primeira retirada de tropas, depois do fim da Guerra Fria, em meados dos anos 90, quase 6800 representantes das Forças Armadas belgas ficaram na região da Renânia do Norte-Vestfália. Destes, 2 mil eram soldados, cerca de 4 mil familiares e 780 empregados civis. Inicialmente o número chegava a 27 mil pessoas. Atualmente existem ainda, dos antigos 18 postos, quatro casernas belgas, sendo duas em Troisdorf-Spich, uma em Vogelsang e outra em Altenrath.
Os soldados das casernas de Spich e Altenrath começam a se retirar neste verão de 2002. O último combatente belga deverá deixar o solo alemão até o final de 2005, segundo o comandante das Forças Armadas belgas na Alemanha, coronel Alain Reynaert.
Vontade de ficar - Quase 600 famílias serão atingidas por esta mudança que envolve toda a infra-estrutura belga da região, tal como campos de treinamento, escolas e organizações culturais e esportivas. Aproximadamente 500 destas famílias querem permanecer na Alemanha, assim como um grande número de soldados que preferem deixar o exército belga a regressar à sua pátria.
Os terrenos das casernas em Spich devem ser transformados em áreas industriais ou, talvez, em museus ou ponto de encontro para alemães e belgas, informou o prefeito de Troisdorf, Manfred Uedelhoven.