Tragédias que afetaram os rumos da política brasileira
Destino do Brasil foi afetado por mortes trágicas de figuras relevantes da política, como o presidente Tancredo Neves, que foi submetido a cirurgia de emergência um dia antes da posse e acabou perdendo a vida.
A elite política nas mãos de Teori
O ministro do Supremo Teori Zavascki morreu em 19 de janeiro de 2017 na queda de um bimotor que ia de São Paulo a Paraty. Cinco pessoas morreram. Zavascki era relator da Operação Lava Jato no STF. Estavam em suas mãos os acordos de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, que citam parte expressiva da classe política brasileira. Sua morte gera dúvidas sobre rumos das investigações.
Presidência, um sonho interrompido
Candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos morreu aos 49 anos, em 13 de agosto de 2014, durante a campanha, em trágico acidente de avião. O bimotor Cessna Citation caiu em Santos (SP). Além de Campos, seis pessoas morreram. Sua morte provocou reviravolta na eleição. Marina Silva, a vice na chapa, assumiu a candidatura e passou a liderar a intenção de votos, mas terminou em terceiro lugar.
A triste despedida do Senhor Diretas
Ulysses Guimarães foi um dos políticos que mais se empenharam pelo retorno das eleições diretas. Presidiu a Constituinte, em 1987. Teve papel crucial no impeachment de Collor, em 1992, para que a votação fosse aberta. Dez dias depois, o helicóptero que o transportava caiu em Angra dos Reis. O país parou. Nas buscas, havia expectativa de que fosse achado com vida. O corpo jamais foi encontrado.
O destino e a democracia
Em um lance inesperado do destino, Tancredo Neves, eleito presidente em 1985 por eleição indireta no Colégio Eleitoral do Congresso, foi submetido a uma cirurgia de emergência um dia antes da posse, marcada para o dia 15 de março. Em quase um mês de agonia, Tancredo foi submetido a sete cirurgias. Ele morreu em 21 de abril, deixando incertezas sobre a continuidade do processo de redemocratização.
Acidente ou atentado?
O ex-presidente Juscelino Kubitschek morreu em agosto de 1976, em acidente de carro. O Opala em que estava, guiado pelo motorista Geraldo Ribeiro, foi atingido por um ônibus e bateu de frente com um caminhão. Como JK perdeu os direitos políticos na ditadura e era crítico dos militares, o acidente foi cercado de dúvidas. Em 2014,a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a morte foi acidental.
Morte inesperada ao deixar a Presidência
Primeiro presidente da ditadura e um dos articuladores do golpe militar de 1964, o general Humberto de Alencar Castelo Branco morreu num trágico acidente de avião, em julho de 1967, quatro meses depois de ter deixado a Presidência. O Piper Aztec PA 23, em que ele viajava, foi atingido na cauda por um caça T-33 da FAB na região de Fortaleza. O enterro, no Rio, foi organizado com honras militares.