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Temer lamenta morte de detentos em Roraima

6 de janeiro de 2017

Após 31 presos serem mortos, presidente oferece ao estado "todos os meios federais" para auxiliar na segurança pública. Governadora afirma que situação já está sob controle.

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Michel Temer
Foto: Reuters/U. Marcelino

O presidente Michel Temer telefonou para a governadora do estado, Suely Campos, lamentando amorte de ao menos 31 presos numa penitenciária de Roraima nesta sexta-feira (06/01).

O presidente colocou "todos os meios federais" à disposição de Roraima para a segurança pública, e "se solidarizou com o povo do estado", segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto.

Campos afirmou que a situação já estava sob controle e que a presença federal não seria necessária. A governadora agradeceu a liberação de 45 milhões de reais do Fundo Penitenciário Nacional (Fepen) pelo governo federal na última semana de 2016 – para a construção de uma nova unidade prisional e à compra de equipamentos e armamentos destinados à área de segurança de Roraima.

"Ficou acertado que as autoridades estaduais manterão permanente contato com o Ministério da Justiça para trocar informações sobre a evolução da situação de segurança em Boa Vista", diz a nota.

A violência em Roraima foi registrada apenas quatro dias após a chacina num presídio de Manaus que resultou na morte de ao menos 56 detentos. Nesta quinta-feira, Temer se manifestou pela primeira vez sobre o ocorrido, classificando-o de um "acidente pavoroso".

Pedido negado

Segundo documento divulgado pelos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, a governadora de Roraima enviou em 21 de novembro do ano passado um ofício ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Ela solicitou "em caráter de urgência, apoio do governo federal, bem como da Força Nacional de Segurança" para o sistema prisional do estado, alegando "grande clima de tensão".

Apesar de reconhecer a importância do pedido, Moraes não o atendeu. "Por ora não poderemos atender ao seu pleito", escreveu.

Nesta sexta-feira, o ministro afirmou que a solicitação visava o envio da Força Nacional para fazer segurança publica, e não para o sistema penitenciário. O pedido estaria relacionado à imigração de venezuelanos para o estado.

LPF/abr/ots