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Temer garante que não haverá anistia para caixa dois

27 de novembro de 2016

Presidente afirma ter feito acordo com Legislativo para barrar qualquer tentativa no sentido da anistia aos crimes de caixa dois em campanhas eleitorais. "Seria impossível sancionar uma matéria dessa natureza."

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Renan Calheiros, Michel Temer e Rodrigo Maia
Temer, entre Renan e Maia, anuncia acordo para evitar anistia ao caixa dois eleitoralFoto: REUTERS/U. Marcelino

O presidente Michel Temer afirmou neste domingo (27/11) que os poderes Executivo e Legislativo fizeram um acordo para garantir que não prosperará qualquer tentativa de anistiar crimes de caixa dois.

Em entrevista no Palácio do Planalto, em Brasília, Temer disse que ele, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, concordaram que "não há a menor condição de levar adiante essa proposta".

"Estamos aqui para revelar que, no tocante da anistia, há uma unanimidade dos dirigentes do Executivo e do Legislativo. Verificamos que é preciso atender à voz das ruas", declarou Temer.

Temer garantiu que "seria impossível ao presidente da República sancionar uma matéria dessa natureza" e que isso já vinha sendo dito nas reuniões dele com Renan e Maia. "Apontamos [nessas reuniões] que não há a menor condição de levar adiante essa proposta."

Nesta quinta-feira, a votação de um projeto de lei com medidas anticorrupção foi adiada para a próxima terça-feira após ter sido noticiada uma articulação política para apresentar uma emenda com vista a anistiar quem tivesse usado caixa dois em eleições passadas.

Maia, porém, falou que houve uma confusão de comunicação e garantiu que a emenda para essa anistia nunca existiu. "Esse debate nunca aconteceu e, com certeza, nunca acontecerá. A reunião de hoje é importante para esclarecermos que essa emenda nunca existiu efetivamente, porque nunca foi apresentada por nenhum líder partidário."

Temer também admitiu que há preocupação no governo com a delação premiada de executivos da empreiteira Odebrecht, que, segundo relatos na imprensa, atingiria dezenas de políticos. "Dizer que não há preocupação seria ingênuo. Claro que há preocupação quando se fala de 150 políticos que possam estar implicados", disse o presidente.

AS/efe/lusa/abr