Temer faz primeira reunião com ministros
13 de maio de 2016O presidente interino Michel Temer realizou na manhã desta sexta-feira (13/05) a primeira reunião ministerial para discutir medidas do novo governo, que devem ser anunciadas na próxima semana. O encontro, iniciado por volta das 9h20, ocorreu no Palácio do Planalto.
Temer assumiu a Presidência nesta quinta-feira, depois de o Senado ter aprovado o afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias. No mesmo dia, o peemedebista reduziu o número de ministérios de 32 para 24 e deu posse aos novos ministros.
Na reunião ministerial desta sexta-feira, estiveram presentes 23 ministros, com exceção de Geddel Vieira Lima, que comanda a Secretaria de Governo.
Em entrevista após tomarem posse no Palácio do Planalto, os ministros do Planejamento, Romero Jucá, e das Cidades, Bruno Araújo, afirmaram que, durante a reunião, Temer passaria aos novos titulares as diretrizes e prioridades para o governo nos próximos meses.
De acordo com Araújo, os ministros devem apresentar, em até 30 dias, as propostas para seus ministérios, com o objetivo de chegar a um "novo modelo de gestão".
Para Jucá, o governo precisa retomar a estabilidade econômica e política. "Temos o grande desafio de reverter o quadro inflacionário e o desemprego. Isso só se fará com crescimento econômico e com expectativa positiva", destacou.
Nesta quinta-feira, em seu primeiro pronunciamento após assumir a Presidência, Temer salientou seu compromisso com a recuperação econômica e a promoção da união do país, além de apontar ações que pretendem adotar durante seu governo.
"Nosso maior desafio é estancar o processo de queda livre na atividade econômica", declarou Temer, ao lado de seu ministério.
O gabinete do presidente interino é formado por nomes conhecidos da política, vários alvos da Justiça e apenas homens. É a primeira vez em 37 anos – desde o governo militar de Ernesto Geisel (1974-1979) –, que nenhuma mulher ocupa um cargo ministerial.
Entre as mudanças nas pastas, Temer recriou o Gabinete de Segurança Institucional e criou ainda o Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle, fechando a Controladoria-Geral da União.
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