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Telekom corta dividendos e adia lançamento de ações da T-Mobile

(ns)19 de março de 2002

Ao não conseguir vender sua rede de tevê a cabo e reduzir suas dívidas, a gigante alemã das telecomunicações vai cortar os dividendos, investimentos e custos.

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Cabine telefônica da TelekomFoto: AP

Às voltas com quase 67 bilhões de euros de dívidas e a desvalorização de suas ações, a operadora alemã Deutsche Telekom decidiu reduzir os dividendos em 40% para 37 centavos de euro por ação. Dessa forma, a ex-monopolista economizará 1,1 bilhão de euros frente ao ano passado, distribuindo aos seus acionistas 1,5 bilhão de euros (2,6 bilhões de euros em 2001).

A Telekom também adiou o lançamento de ações da T-Mobile, sua subsidiária de telefonia móvel. A ação da operadora, que desde junho de 2000, quando da terceira etapa de sua privatização já perdeu 75% do seu valor, tornou a se desvalorizar nesta terça-feira.

A Associação de Proteção ao Pequeno Acionista aprovou o adiamento. "Seria uma pena se as ações da T-Mobile fossem lançadas na bolsa abaixo de seu valor", disse Reinhild Keitel, da diretoria.

Redução de investimentos e custos

Além do corte nos dividendos, o primeiro desde 1996, a Telekom pretende "reduzir consideravelmente" seus investimentos e custos. Também vai fortalecer a cooperação na utilização de redes nos EUA. A montagem da nova rede UMTS para os celulares da terceira geração na Alemanha não será afetada pelos cortes. A T-Mobile pretende introduzir o novo padrão em meados de 2003.

A gigante alemã das telecomunicações pretende vender participações consideradas não estratégicas. No primeiro lugar da sua lista de vendas está o restante de sua rede de tevê a cabo. A Liberty Media pretendia adquiri-la, mas a transação fracassou, no mês passado, devido à objeção das autoridades anticartel na Alemanha. Também estão à disposição imóveis no valor de vários bilhões de euros.

Pela primeira vez nos oito anos desde o início de sua privatização, a operadora teve um prejuízo de 3,5 bilhões de euros, no ano passado, após um lucro de 5,9 bilhões de euros em 2000.