Tailândia registra primeiro caso de Mers
19 de junho de 2015O Ministério da Saúde da Tailândia confirmou, nesta quinta-feira (18/06), o primeiro caso do vírus da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) no país. Mais de 50 pessoas foram colocadas em quarentena, depois que dois laboratórios terem constatado a infecção de um homem de 75 anos, oriundo do Omã.
O homem chegou à Tailândia em 15 de junho para procurar tratamento de um problema cardíaco num hospital privado.
"Aconselhamos a população a não entrar em pânico porque o paciente e os familiares foram separados desde o início", disse o ministro da Saúde, Rajata Rajatanavin. "O nosso sistema [de Saúde] é apto e estamos monitorando os casos de perto."
A Tailândia colocou em quarentena 59 pessoas que tiveram contato com o homem, incluindo pessoal da equipe médica do hospital, funcionários de um hotel e três parentes.
O Departamento de Controle de Doenças do país disse que também está realizando uma triagem de viajantes como medida preventiva para impedir a transmissão do vírus.
"Estamos verificando 67 portos, incluindo entradas por terra, marítimas e aéreas", afirmou o chefe do departamento, Sophon Mekthon. "Comunicamos todos os hospitais na Tailândia para ficarem em alerta. Aqueles que voltarem do Oriente Médio e da Coreia do Sul devem ser verificados cuidadosamente", acrescentou.
A infecção na Tailândia ocorreu em meio a um surto de Mers na Coreia do Sul, que já matou 23 pessoas e infectou outras 160. A reação lenta da Coreia do Sul em deter a iminente crise gerou críticas da população coreana a respeito da estratégia ineficaz do governo local.
No entanto, a chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, elogiou os esforços do governo coreano após novos casos do vírus terem caído na casa de um dígito – um sinal de que o vírus mortal pode finalmente estar sob controle.
O Mers foi identificado pela primeira vez na Arábia Saudita, em 2013, embora ele tenha sido detectado na Europa, América do Norte e Ásia. O surto de 2012 na Arábia Saudita deixou mais de 400 mortos e mil infectados.
PV/afp/rtr/ap/dpa