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São Paulo confirma 1º caso de varíola dos macacos no Brasil

8 de junho de 2022

Paciente é um homem de 41 anos vindo da Espanha. Outros sete casos estão sendo monitorados. Segundo a OMS, mais de mil infecções já foram confirmadas em 29 países. Preocupação maior é com grávidas e crianças.

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Tubos de testes para detectar vírus da varíola dos macacos
OMS emitiu orientações sobre vigilância da varíola dos macacos e rastreamento de contatos, testes de laboratório e diagnósticoFoto: DADO RUVIC/REUTERS

O primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil foi confirmado nesta quarta-feira (08/06) em São Paulo. O paciente é um homem de 41 anos que chegou à capital paulista vindo de uma viagem à Espanha. Ele está em isolamento no Hospital Emílio Ribas.

O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), informou que uma mulher de 26 anos está sendo monitorada, após ser hospitalizada com suspeita de ter contraído a doença. Seus familiares e pessoas próximas também estão sendo acompanhados. A paciente passa bem, segundo o prefeito.

O Ministério da Saúde afirmou que existem no Brasil sete possíveis casos da doença que estão sendo monitorados. Os estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul têm um suspeito cada, e há ainda dois outros em acompanhamento em Rondônia.

O Ministério informou que os pacientes com suspeita de terem contraído a varíola dos macacos estão "isolados e em recuperação", e que a investigação dos casos está em andamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou até o final de maio mais de mil casos confirmados ou suspeitos da doença em 29 países onde o vírus não é endêmico. Até o momento, não há registro de mortes.

Segundo a OMS, a doença traz um risco moderado para a saúde pública mundial, mas esses riscos podem se tornar altos se o vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas.

Preocupação com os mais vulneráveis

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta quarta-feira que o surgimento repentino da varíola dos macacos em vários países não endêmicos sugere que a transmissão da doença pode não ter sido detectada durante algum tempo.

"O risco da varíola dos macacos se estabelecer em países não endêmicos é real", alertou Tedros. "A OMS está preocupada, em particular, com os riscos desse vírus para grupos vulneráveis, incluindo crianças e mulheres grávidas".

"A OMS emitiu orientações sobre a vigilância da varíola dos macacos e rastreamento de contatos, testes de laboratório e diagnóstico. Nos próximos dias, divulgaremos orientações sobre cuidados clínicos, prevenção e controle de infecções, vacinação e mais orientações sobre proteção da comunidade", informou.

rc (ots)