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Suspeita de interferência russa é ridícula, afirma Trump

11 de dezembro de 2016

Presidente eleito diz não acreditar na avaliação da CIA de que a Rússia tenha feito ataques cibernéticos para favorecê-lo na eleição. "É ridículo. Não acredito em absoluto", diz.

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Donald Trump
Foto: picture-alliance/AP Photo/P.M. Monsivais

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tachou neste domingo (11/12) de ridícula a avaliação da CIA de que a Rússia executou ataques cibernéticos com o objetivo de ajudá-loa ganhar as eleições de novembro e opinou que se trata de uma mentira alimentada pelos democratas.

"Acho que é ridículo. Não acredito, não acredito em absoluto", disse Trump em entrevista transmitida pela emissora de televisão Fox News. "Acredito que os democratas estão impulsionando isso porque sofreram uma das maiores derrotas na história dos Estados Unidos", acrescentou.

Ele disse também que segue avaliando se vai abandonar o acordo de Paris contras as mudanças climáticas por temer que represente uma perda de competitividade econômica em relação a países como a China. O presidente eleito reiterou que tem a "mente aberta" em relação à possibilidade de seguir no Acordo de Paris, mas opinou que "ninguém sabe realmente" o que ocorre com a mudança climática, apesar dos inúmeros estudos científicos.

No entanto, não seria tão fácil para Trump retirar os Estados Unidos desse acordo, que reúne mais de cem países, pois ele já foi ratificado e contém uma cláusula que lhe obrigaria esperar quatro anos, a partir do momento em que decidisse abandoná-lo, até que a desvinculação entrasse em vigor.

Trump pôs ainda em dúvida a necessidade de continuar com a política de "uma só China", que é a base das relações bilaterais desde os anos 1970, e garantiu que não permitirá que o gigante asiático lhe "dite" o que deve fazer. "Não sei por que temos que estar ligados por uma política de 'uma só China' a não ser que cheguemos a um acordo com a China que tenha a ver com outras coisas, incluindo o comércio", disse.

Durante mais de quatro décadas, os Estados Unidos basearam suas relações com o gigante asiático no princípio de uma "só China", pelo qual o único governo chinês que Washington reconhece é o de Pequim, o que lhe afasta das aspirações independentistas de Taiwan.

Trump gerou tensões na China ao aceitar recentemente uma ligação da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que ligou para felicitá-lo por sua vitória na eleição presidencial de novembro. "Não quero que a China dite [o que tenho que fazer], e essa foi uma ligação que me passaram, eu não iniciei a conversa, e foi uma ligação muito curta que dizia 'felicidades por sua vitória'", ressaltou Trump, argumentando que teria sido desrespeitoso rejeitar a conversa.

AS/efe/lusa