Superpopulação: por que não só os números contam
11 de agosto de 2021Pode parecer óbvio culpar as taxas de crescimento populacional pelo esgotamento dos recursos naturais do planeta, ou pela deficiência na capacidade da Terra de prover de forma constante para a sobrevivência humana. Mas neste Futurando vamos explicar por que não só os números fazem diferença nessa conta, que precisa levar em consideração muito mais o volume de consumo que a quantidade de habitantes.
Com as cidades inevitavelmente cada vez mais populosas é necessário pensar em formas de fazer com que os grandes centros garantam uma vida harmónica para as pessoas – e o meio ambiente. As metrópoles vão ter, por exemplo, que planejar melhor a mobilidade. Será um dos principais temas do planejamento urbano nos próximos anos.
Belo Horizonte já se adiantou e está colocando em prática um projeto antigo de criar, além de ciclovias, espaços de conivência para os moradores. São áreas onde a velocidade máxima permitida é de 30 km/h. A ideia da BHTrans, empresa que administra o transporte urbano na capital mineira, é dar prioridade às bicicletas onde os carros dominam. O trabalho, no entanto, alcançou seu objetivo de maneira parcial e depende não só de recursos, mas do engajamento popular.
O Futurando conversou com a coordenadora de Sustentabilidade e Meio Ambiente da BHTrans, Eveline Trevisan, que detalhou os planos da cidade a partir da iniciativa. Também ouvimos o especialista em mobilidade Rafael Milani, que destacou a importância de medidas simbólicas e pontuais, porém, que é necessário um trabalho mais profundo para mudanças de fato significativas no comportamento da população – e na malha viária das cidades.