Crise UE-Rússia
15 de maio de 2007Depois dos conflitos das últimas semanas, entre os EUA e a União Européia, de um lado, e a Rússia, de outro, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, empreenderam esforços nesta terça-feira (15/05) para aparar as arestas em Moscou.
Após um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, Steinmeier mostrou-se convicto de que, apesar dos conflitos ainda não solucionados, o próximo encontro UE-Rússia será uma "boa cúpula".
Na próxima sexta-feira, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, que exerce a presidência rotativa da UE, e o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, se encontrarão com Putin, em Samara, para discutir a renovação de um acordo de parceria estratégica entre a União Européia e a Rússia.
A renovação do acordo está sendo dificultada por disputas políticas e econômicas entre a Rússia e três membros da UE: Polônia, Estônia e Lituânia. "Isso não são conflitos entre a UE a Rússia e, sim, opiniões diferentes de como podemos resolver os problemas", tentou minimizar Putin.
De forma bastante positiva, Moscou avaliou as relações entre a Rússia e os EUA, após o encontro entre Putin e Rice. "Às vezes, temos posições diametralmente opostas em algumas questões, mas mesmo assim há uma cooperação efetiva. Não se pode falar de uma nova guerra fria", disse o vice-chefe de governo para questões de segurança, Sergei Ivanov.
Na questão do escudo antimísseis, que os EUA planejam instalar no Leste Europeu, as posições dos dois países continuam inalteradas. A Rússia rejeita o projeto. E "Washington não admite a imposição de um veto ao projeto por quem quer seja", disse Rice. (gh)