Soldado atira em agressor diante do Louvre
3 de fevereiro de 2017A polícia de Paris informou na manhã desta sexta-feira (03/02) que um soldado abriu fogo diante do Museu do Louvre após ser agredido por um homem armado com um facão.
Quatro soldados que patrulhavam o shopping center diante da entrada do museu no subsolo teriam tentado desarmar o agressor antes de abrir fogo. Segundo as autoridades, ele gritou "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe) antes de tentar atacar os militares. O homem foi atingido por cinco disparos e ficou gravemente ferido.
O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, declarou que o ataque foi "terrorista em sua natureza". O Ministério do Interior afirmou que procuradores antiterrorismo estão investigando o incidente.
O agressor portava duas mochilas. Após verificação, constatou-se que estas não continham explosivos, informou a polícia. Um segundo suspeito foi detido, mas a polícia ainda não confirmou o envolvimento dele no ataque.
Pelo Twitter, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atribuiu o episódio a um "terrorista radical islâmico". "Um novo terrorista radical islâmico acaba de atacar o Museu do Louvre em Paris. Os turistas foram confinados. A França está no limite de novo. Fiquem atentos, EUA", escreveu.
Museu fechado
O Louvre fica no coração da capital francesa e é uma das principais atrações turísticas da cidade. O museu fechou as portas após o incidente desta sexta-feira. Cerca de mil visitantes ficaram confinados no local. Eles foram liberados duas horas depois do ataque. As vias ao redor do museu foram bloqueadas, e as estações de metrô, fechadas.
O Ministério do Interior francês descreveu no Twitter o acontecimento como "um grave incidente para a segurança pública", afirmando que a prioridade era uma intervenção das forças de segurança.
Patrulhas militares fazem parte das medidas de segurança implementadas após os ataques terroristas ocorridos na França em 2015 e 2016. Soldados armados são vistos regularmente nos arredores do Louvre.
O museu vem registrando uma queda no número de visitantes após a série de atentados no país. Em 2016, o número de visitantes caiu 15% em relação ao ano anterior, para 7,3 milhões.
LPF/KG/ap/afp/dpa