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BND terá reforma radical

28 de outubro de 2007

Com a imagem arranhada devido à acusação de espionagem de jornalistas no país e à sua atuação questionável no Iraque, serviço secreto alemão anuncia reforma radical até 2009 e deverá ser mais controlado pelo Parlamento.

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Sede do BND será transferida de Pullach (Baviera) para BerlimFoto: AP

O Serviço Federal de Informações (Bundesnachrichtendienst – BND), que conta com seis mil funcionários e no passado esteve envolvido em vários escândalos, terá uma estrutura completamente nova a partir de 2009.

As áreas de espionagem (obtenção de informações) e a de avaliação dos dados, que hoje atuam estritamente separadas, serão fundidas.

"Não se trata de um desmantelamento de áreas-chave e, sim, de uma modernização a partir do centro do serviço", disse o porta-voz do BND, Stefan Borchert, no sábado (27/10), em Berlim.

Deutschland Symbolbild Ermittlungen gegen Journalisten wegen Geheimnisverrats
Espionagem de jornalistas fez parte de uma série de escândalos envoldendo o BNDFoto: picture-alliance/ dpa

A planejada reforma do BND está sendo interpretada como reação aos escândalos últimos anos (veja links abaixo), que levaram o Bundestag a instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os desmandos do serviço. O governo já teria dado luz verde à reforma.

Controle político

O deputado federal Max Stadler, representante do Partido Liberal na CPI do BND, conclamou a Chanceleria Federal alemã a intensificar o controle político sobre o serviço secreto.

"Somente uma reforma que combine a reorganização administrativa com um melhor controle parlamentar merece ser chamada de reforma", disse o deputado.

O BND informou que pretende fortalecer seu papel de prestador de serviços ao governo e ao Parlamento. Até 2012 deverá ser completada a transferência de Pullach (Baviera) para Berlim, onde deverão atuar quatro mil funcionários. A construção da nova central do serviço na capital alemã está orçada em 700 milhões de euros.

Borchet disse que o departamento de combate ao terrorismo já trabalha com sucesso nas novas estruturas. Segundo ele, a integração das áreas de espionagem e de avaliação das informações representa uma quebra de tabu. "Estruturas anacrônicas serão rompidas para aumentar a eficiência do serviço", disse. (mas/gh)