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"Sem os corvos, um grande mal acontecerá ao nosso reino"

Hendrik Welling
26 de junho de 2020

[Vídeo] Segundo a lenda, os corvos que vivem na Torre de Londres decidem o destino da monarquia britânica. O local, que já foi residência real, prisão e depósito de armas, é hoje uma das atrações turísticas da capital britânica.

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Desde 2011, Christofer Skaife exerce a função de 'Mestre dos corvos'.  Proteger as aves é praticamente a vida dele, que mora com a família na Torre de Londres e cuida o tempo todo para que os pássaros não alcem voo para longe da Torre.  "Eles são muito peculiares. Cada um tem suas características próprias. Alguns são mais agitados, outros mais tímidos. Alguns são bem curiosos. Tive que me acostumar com a personalidade de cada um. E isso realmente só é possível observando-os”, comenta Christofer. Além de ratos e camundongos, os corvos são frequentemente alimentados com biscoitos encharcados de sangue. De acordo com a lenda, os corvos que habitam a Torre de Londres, atualmente oito, são protegidos por um decreto real do século 17. A proteção é feita pelos chamados Yeoman Warders, os guardas da torre. "Ao longo da história, os corvos estavam ligados a maus presságios, à morte. Eles foram dos primeiros pássaros a seguir os homens em batalhas porque são muito inteligente. Por isso, acabaram ganhando uma conotação sombria. Mas aqui na Torre de Londres, os vemos de forma mais positiva porque se algum dia os corvos abandonarem a Torre, ela virará pó e um grande mal acontecerá ao nosso reino. Então, é um bom sinal tê-los aqui”, conta.