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Schulz deixa presidência do SPD

13 de fevereiro de 2018

Ex-presidente do Parlamento Europeu anuncia saída imediata da chefia do Partido Social-Democrata e abre caminho para que legenda tenha líder mulher pela primeira vez em 150 anos de história.

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Martin Schulz
Schulz anuncia que sua renúncia tem efeito imediatoFoto: Reuters/F. Bensch

O líder do Partido Social-Democrata (SPD), Martin Schulz, anunciou oficialmente nesta terça-feira (13/02) a sua renúncia à presidência da legenda, com efeito imediato.

Schulz havia revelado a intenção de deixar o comando do SPD há uma semana. Nesta terça, as lideranças do partido decidiram ainda, por unanimidade, nomear a líder de sua bancada no Parlamento, Andrea Nahles, como sucessora de Schulz.

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A confirmação da indicação de Nahles precisa do aval dos filiados do partido numa votação que ocorrerá num congresso nacional extraordinário marcado para 22 de abril em Wiesbaden.

SPD-Sonderparteitag Martin Schulz und Andrea Nahles
Andrea Nahles, que deve suceder SchulzFoto: picture-alliance/dpa/O. Berg

Se Nahles for eleita, esta seria a primeira vez que a legenda, que possui mais de 150 anos, será liderada por uma mulher.

Até a votação, a presidência do partido será assumida de maneira interina pelo vice de Schulz, Olaf Scholz, atual prefeito de Hamburgo.

Ao anunciar sua renúncia na última quarta-feira, Schulz sugeriu que Nahles assumisse o comando da legenda de maneira interina até a votação no congresso. A sugestão, porém, encontrou resistências na base do partido.

Schulz assumiu a liderança do SPD em março do ano passado, após ser indicado como o candidato da legenda para as eleições gerais da Alemanha. Na época, o social-democrata recebeu o apoio de 100% dos filiados.

Porém, ele renunciou ao cargo após firmar um acordo de coalizão com a União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU) e justificou a decisão com a necessidade de renovar a legenda, que, com 20,5% dos votos, obteve seu pior resultado eleitoral desde 1949.

A renúncia veio após o mal-estar causado com a decisão de Schulz de participar das negociações para uma reedição da "grande coalizão" com a CDU/CSU, mesmo tendo dito, após a eleição de setembro, que não o faria.

A derrocada de Schulz culminou com a desistência do social-democrata de assumir o Ministério do Exterior no próximo governo Angela Merkel. 

CN/rtr/dpa/afp

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