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Regime de Assad e EI usaram armas químicas na Síria, diz ONU

25 de agosto de 2016

Investigadores identificam autores de três ataques que ocorreram entre 2014 e 2015 e responsabilizam governo sírio por dois deles. Relatório mostra ainda uso de gás mostarda por rebeldes do "Estado Islâmico".

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Gás cloro foi usado em ataque na província de Idlib em março de 2015
Gás cloro foi usado em ataque na província de Idlib em março de 2015Foto: picture alliance/AA/F. Taki

Um relatório da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) revelou nesta quarta-feira (24/08) que tanto o regime do presidente Bashar al Assad, quanto jihadistas do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) usaram armas químicas na Síria.

Os investigadores analisaram nove ataques em sete regiões do país, em oito foram usados gás cloro. O grupo conseguiu, porém, identificar os autores destes ataques em apenas três deles e responsabilizou o governo por dois.

O relatório mostra que o regime sírio usou armas químicas em dois ataques a vilas no noroeste da província de Idlib: em Talmenes, no dia 21 de abril de 2014, e em Sarmin, no dia 16 de março de 2015. Em ambos, helicópteros militares jogaram substâncias tóxicas sobre a região. Em Sarmin, a arma utilizada seria o gás cloro.

O regime de Assad nega o uso de armas químicas no país, mas o relatório afirma que há informações suficientes para responsabilizar o governo em ambos os ataques.

Em 2013, a Síria concordou em destruir seu arsenal químico. O acordo foi acertado entre os governos de Moscou, Washington e Damasco quando os EUA ameaçaram intervir militarmente no país, após centenas de pessoas morrerem num ataque químico nos arredores da capital síria. O país teria entregado suas armas químicas em 2014.

Os investigadores responsabilizaram ainda o "Estado Islâmico" pelo uso de gás mostarda no ataque em Marea, ao norte da província de Aleppo, no dia 21 de agosto de 2015.

O documento foi entregue ao Conselho de Segurança da ONU que irá discutir o tema na próxima semana. A expectativa é que alguns dos países-membros peçam sanções aos responsáveis por esses ataques.

CN/rtr/efe/afp