Incidente com A380
5 de novembro de 2010Um dia após o pouso de emergência de um Airbus A380 da companhia aérea australiana Qantas em Cingapura, o chefe executivo da empresa, Alan Joyce, disse nesta sexta-feira (05/11) em Sydney que a explosão na turbina pode ter sido causada por uma peça defeituosa ou por falhas em sua construção.
Enquanto isso, a Airbus apelou aos seus clientes com aviões deste modelo e turbinas fabricadas pela inglesa Rolls-Royce para que façam testes de segurança. Além da Qantas, isso atinge a Singapore Airlines e a Lufthansa.
A Rolls-Royce anunciou na quinta-feira que irá testar todos os motores do tipo da aeronave atingida. A empresa assegurou que pretende colaborar estreitamente com seus clientes, enquanto persistirem os testes de segurança. "Esta, no entanto, ainda é uma fase muito prematura e não seria adequado tirar conclusões neste momento", diz um comunicado da empresa.
Desgaste incomum de peças
Já em agosto último, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa) havia apelado às companhias aéreas para que fizessem controles extraordinários nas turbinas "Trent 900" do A380, devido a um desgaste incomum de determinadas peças, informa um comunicado do órgão. Nesta sexta-feira, um porta-voz da Easa informou que a agência exige tais inspeções de segurança com regularidade.
O incidente da quinta-feira foi o mais grave registrado com o A380, o maior avião de passageiros do mundo, desde que entrou em operação, em 2007.
Nesta sexta-feira, outro avião da Qantas teve de fazer um pouso de emergência em Cingapura devido a problemas em uma das turbinas.
Desta vez, a aeronave atingida foi um Boeing 747 que havia saído de Frankfurt, na Alemanha, com 431 pessoas a bordo, com destino a Sydney. Os passageiros contaram à emissora ChannelNewsAsia que ouviram um estouro e que uma turbina pegou fogo.
MAS/rtr/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer