Páreo duro nas eleições da Baixa Saxônia

De acordo com os prognósticos divulgados na noite deste domingo (20/01), a aliança entre democrata-cristaos e verdes está à frente daquela de democrata-cristãos e liberais, que governa o estado. Até o momento, registra-se 36,3% dos votos para a União Democrata Cristã (CDU), partido do atual governador do estado, David McAllister, o que representa uma perda de 6,2% em relação ao último pleito.

O Partido Social Democrata (SPD), de oposição, fica com 32,6% dos votos e os verdes com 13,6% (o que significa 5,6 pontos percentuais a mais que no pleito passado neste estado). O Partido Liberal Democrático (FDP) supera os 5% necessários para ter uma representação na Assembleia Legislativa, chegando a 9,8% dos votos do eleitorado.

Ou seja, segundo as estimativas em curso, social-democratas e verdes conseguirão compor uma maioria parlamentar para governar. A Esquerda e o Partido Pirata não terão assentos na Assembleia Legislativa.

Teste para eleições parlamentares

As eleições estaduais servem como prévia da tendência do eleitorado nas próximas eleições parlamentares no país, a serem realizadas em setembro próximo. Por isso diversos deputados federais empenharam-se muito na atual campanha eleitoral no estado. Na Baixa Saxônia, a coalizão democrata-cristã-liberal governa há 10 anos, sob liderança do governador David McAllister.

O futuro político do líder do FDP, Philipp Rösler, também foi garantido nessas eleições estaduais. Depois de ter sido colocado sob pressão por seus próprios correligionários, Rösler sai fortificado do pleito, uma vez que seu partido não só atingiu os 5% necessários para manter a representação na Assembleia Legislativa, como apresenta os surpreendentes resultados de quase 10% dos votos do eleitorado. O próprio Rösler definiu este domingo como "um grande dia".

Eleitores vão às urnas mesmo com neve e frio

A Baixa Saxônia tem um total de 6,1 milhões de eleitores cadastrados, que puderam escolher entre 659 candidatos de 16 partidos, em concorrência aos 135 assentos da Assembleia Legislativa do estado.

Apesar de suspeitas de que a forte neve e o frio intenso poderiam manter os eleitores afastados das urnas, uma vez que o voto na Alemanha não é obrigatório, estimativas feitas pouco antes do fechamento dos distritos eleitorais apontam para uma participação de 53,3% de eleitores – bem maior que na das últimas eleições realizadas em 2008 no estado.

SV/dpa/afp/rtr/dapd