Prêmio Internacional Carlos Magno vai para o euro em 2002
15 de dezembro de 2001A importância do euro na aproximação entre as 12 nações onde a moeda passa a ser comum a partir de janeiro foi destacada neste sábado em Aachen, no extremo oeste alemão, pelo porta-voz da Sociedade Carlos Magno.
Ao divulgar que o euro será o próximo agraciado com o Prêmio Internacional Carlos Magno, Walter Eversheim salientou que, muito mais que unidade monetária comum, a nova moeda contribuirá para a identidade européia, a estabilização da comunidade e terá um papel de pacificadora.
"O euro serve de base não só para a futura política externa e de segurança", acrescentou Eversheim, "também para as políticas trabalhista, social e de saúde". Ao justificar a escolha, a Sociedade argumentou que, em toda a história, as moedas sempre foram mais que formas de pagamento.
Elas são parte da identidade cultural, uma forma de medir a estabilidade social, econômica e política. O prêmio será recebido pelo presidente do Banco Central Europeu, Wim Duisenberg, em maio de 2002.
Escala de medida
– O prefeito de Aachen destacou que o euro não só é uma unidade de medida, como também uma escala de medida. Jürgen Linden acredita que o euro tenha sido a decisão mais convincente e pragmática na Europa em 1200 anos.O Prêmio Internacional Carlos Magno de Aachen é o mais antigo e famoso da Alemanha. Ele distingue, todos os anos, personalidades ou instituições pelos seus esforços em prol da Europa e da integração européia. O primeiro agraciado, em 1950, foi Richard Coudenhove-Kalergi, fundador do Movimento Pan-Europeu.
Em 2001, o prêmio foi para Gyorgy Konrád, escritor, sociólogo e psicólogo húngaro, e, no ano passado, Bill Clinton. Entre outras lideranças políticas já homenageadas, estão o ex-chanceler federal alemão Helmut Kohl, o ex-presidente francês François Mitterrand e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair.